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19/12/2018 14:57

Os microinfluenciadores e a publicidade ao alcance das PMEs


São Paulo--(DINO - 19 dez, 2018) - Investimentos em publicidade eram, até pouco tempo atrás, algo exclusivo para grandes marcas. Ainda há quem pague por espaços caríssimos nos intervalos de programas de elevada audiência na TV e nas páginas de grandes jornais e revistas. Mas as mídias sociais mudaram significativamente o cenário, captando a audiência dos meios tradicionais e descentralizando a propaganda. Ao darem voz a quem não tinha espaço nas grandes mídias, esses canais criaram novas formas de alcançar grandes públicos ou nichos de mercado, democratizando e barateando o acesso de empresas às ações de marketing.

A Internet mudou a comunicação. Inicialmente, deu a um espectador, até então, passivo, poder de escolha e, principalmente, interação. As mídias sociais intensificaram esse movimento dando voz a esse público, que pode gerar e compartilhar conteúdo. Alguns aglutinaram legiões de seguidores ou se tornaram referências sobre determinados temas.

Esses são os influenciadores digitais, peças-chave nas atuais campanhas de marketing e propaganda. Marcas passaram a destinar quantias significativas a esses internautas. Conforme levantamento da Mediakix, este mercado movimentou US$ 4 bilhões no mundo e deve atingir US$ 10 bilhões em 2020.

Não é à toa que as verbas publicitárias migram para este segmento. Um estudo da PricewaterhouseCoopers, divulgado este ano, apontou que 77% dos brasileiros têm suas decisões de compra influenciadas por mídias sociais. Conforme a pesquisa, isso se dá a partir comentários e likes de seguidores e ou dos perfis das marcas.

Boa parte desses investimentos busca as mesmas celebridades que a publicidade tradicional: atletas, apresentadores de TV, atores e músicos famosos, enfim, celebridades que acumulam milhões de seguidores em seus perfis. Estes chegam a cobrar centenas de milhares de reais de marcas que querem ser citadas em seus posts.

O marketing digital, então, também é apenas para quem tem muito capital para se divulgar? Não! Este mercado é formado, particularmente no Brasil, em sua maior parte por microinfluenciadores que podem ser assim classificados, a grosso modo, por terem até um milhão de seguidores. Alguns gozam de status de celebridade; outros, de prestígio e credibilidade quando tratam de determinados temas. Têm cachês infinitamente mais modestos, mas proporcionam visibilidade perante a públicos que, de fato, consomem determinados itens. Enfim, geram leads e conversões para as empresas.

A exposição que mais negócios irá gerar para, por exemplo, um fabricante de autopeças pode ser no canal do YouTube de um mecânico, e não no Facebook de um jogador da seleção. O último pode até tornar a marca conhecida por um público maior, mas não terá a credibilidade que o outro possui para falar das vantagens dos produtos da empresa.

É um poderio enorme, como a mesma pesquisa da PwC demonstra: dos entrevistados, 43% afirmaram ter conhecido marcas nas mídias sociais. E qual é o investimento? Quando as agências procuram os influenciadores, se deparam com os mais variados pedidos de cachês. Há desde os famosos, que cobram R$ 5 mil, aos que têm seguidores de nichos específicos, que chegam a pedir capinhas de celular por uma postagem. Dentro deste universo, as PMEs podem encontrar quem as divulgue desembolsando quantias que caibam em seus orçamentos.

Thiago Cavalcante é sócio-fundador da Inflr.

Website: https://inflr.com/

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