Política
26/04/2018 18:38

Unir candidaturas pode reduzir intenção de voto, diz França, sobre eventual aliança PSDB/MDB


São Paulo, 27/04/2018 - O governador de São Paulo, Marcio França, disse nesta quinta-feira que não acredita em uma possível aliança entre PSDB e MDB para a eleição presidencial deste ano. O pessebista, que assumiu o cargo com a saída Geraldo Alckmin para a disputa nacional, classificou a possibilidade como "especulação" e alertou que, às vezes, quando se junta candidaturas, reduz as intenções de voto.

"Não vejo (a possibilidade de aliança entre PSDB e MDB). Acho que a política vai tentar encontrar soluções, é sempre assim, mas não necessariamente será essa", disse o pessebista após evento no Palácio dos Bandeirantes. "Acho que essa especulação está relacionada ao quadro pulverizado, com muitos candidatos, e todo mundo fica numa faixa baixa. Então dá uma sensação de que os primeiros que se juntarem, sobem. Mas tem que ver que, às vezes, você junta e abaixa", emendou. "É preciso unir coisas que sejam compatíveis, que sejam possíveis de se juntar. Senão pode ter um resultado contrário."

Segundo reportagem do Estado, Temer (MDB) e Alckmin se reaproximaram e negociam um acordo que reunifique o centro político. Na proposta apresentada, pelo Planalto, a chapa presidencial seria encabeçada pelo tucano e teria o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como vice.

A articulação seria replicada no Estado de São Paulo. Neste caso, o ex-prefeito João Doria ou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, teriam que desistir da candidatura, uma ideia que enfrenta forte resistência de ambos os lados. Doria e Skaf lideram as pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado.

Expulsão. França concedeu entrevista após cerimônia de posse do novo secretário da Educação, João Cury. Ex-prefeito de Botucatu, Cury foi expulso do PSDB pelo presidente estadual do partido, Pedro Tobias, por ter desistido da pré-candidatura à Câmara Federal para aceitar o convite do governador. Questionado sobre o caso, França disse acreditar que Alckmin, que também é presidente do PSDB, possa rever o ato, que considerou "meio fora de propósito". "Eu comento sobre o PSB, quem comenta sobre o PSDB são eles. Mas, no meu partido, para ser expulso tem que cometer uma infração. As candidaturas existem só depois de agosto, até lá todo mundo é pré-candidato", disse. O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que chegou a presidir interinamente o PSDB no ano passado, participou da cerimônia e se sentou ao lado de França no palco. (Marcelo Osakabe)
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