São Paulo, 10/10/2018 - Apontado que há uma escalada de violência no País estimulada pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, se reunirá amanhã com membros da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
Em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, o candidato petista disse que está fazendo movimentos para denunciar casos de violência e fazer um apelo pelo respeito. "Nós temos que fazer um ato de fé pela democracia e pela paz no País", declarou.
Em função de casos de violência envolvendo apoiadores de Jair Bolsonaro no País, Haddad tem tentado colar no adversário a imagem de alguém que incentiva a intolerância e a tortura. O próprio candidato já foi alvo de xingamentos na campanha. Nesta quarta-feira, ao deixar um hotel na capital paulista para o almoço, foi chamado de "desgraçado" por um homem que estava na rua. O candidato olhou, não disse nada e entrou no carro.
No dia da votação de primeiro turno, no último domingo, 7, algumas pessoas que passavam em frente à residência do candidato petista, no Planalto Paulista, xingavam o presidenciável e soltavam gritos de apoio a Bolsonaro.
Para se contrapor ao discurso do candidato do PSL, Haddad tem procurado afirmar que tem propostas diferentes. "Não é uma arma em uma mão e uma arma na outra, é carteira de trabalho numa mão e um livro na outra", declarou, em discurso para sindicalistas em São Paulo. (Daniel Weterman - daniel.weterman@estadao.com)