São Paulo, 19/09/2018 - A reforma da Previdência a ser tocada em um eventual governo de João Amoêdo, do partido Novo, deverá aproveitar a pauta que vem sendo discutida e está aguardando encaminhamento no Congresso Nacional, explicou há pouco o candidato. "É interessante aproveitar as discussões que já foram feitas e, num primeiro momento, aprovar algo mais simples", explicou, durante o Fórum Páginas Amarelas, da revista Veja.
Amoêdo comentou que, entre as medidas que podem integrar a proposta estariam o tempo mínimo de contribuição em 40 anos, assim como a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres em 65 anos. "Também queremos aplicar os mesmos critérios do setor privado aos funcionários públicos, que é um dos pontos de maior distorção no modelo atual", explicou.
Em relação às empresas estatais, Amoedo reforçou que pretende repassá-las à iniciativa privada. "Somos contra o Estado ser gestor de qualquer empresa. Por isso, somos favoráveis a privatizar Petrobras, Caixa, Banco do Brasil, Correios. Em outros casos, em que não há demanda da iniciativa privada, a solução é fechar a empresa", afirmou. "O principal é que a privatização destas empresas tenha como objetivo dar mais concorrência aos brasileiros", declarou.
O candidato explicou que, para atingir este objetivo, entretanto, é preciso conduzir o processo de privatizações com critérios. "A Caixa e o BB, por exemplo, não faria sentido repassá-los aos bancos que já estão no mercado. Seria focado em bancos internacionais ou então transformá-las em corporações, como é o sistema norte-americano", explicou Amoêdo. (Caio Rinaldi - caio.rinaldi@estadao.com)