Por Nicholas Shores e Ricardo Galhardo
São Paulo, 11/12/2019 - Ao comentar o arquivamento pela 12a Vara do Distrito Federal da denúncia no caso que ficou conhecido como "quadrilhão do PT", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira que, "se houve uma quadrilha neste país, ela chama-se Lava Jato e força-tarefa de Curitiba".
Ele também voltou a atacar as manifestações da força-tarefa ontem ligando repasses de grupos de telecomunicações a empresas controladas pelo seu filho, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e por sócios dele à compra dos terrenos em que está o sítio de Atibaia.
Chamando as alegações dos procuradores de "fake news" e "sacanagem" contra o seu filho, Lula disse que a Lava Jato "está com medo de ficar desmoralizada, aí apresentou mais uma palhaçada".
Em discurso durante evento de lançamento do livro "Lawfare: Uma introdução", de autoria dos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, que compõem a defesa de Lula, e do jurista Rafael Valim, o ex-presidente disse que, para poder cumprir "todas as penas" que impuseram a ele, vai ter viver até os 140 anos.
"Estou com muita vontade de derrotar o fascismo neste País", declarou Lula.
Após o pronunciamento, Zanin reforçou a repórteres que as referências feitas pela Lava Jato de Curitiba ao nome do ex-presidente Lula na entrevista coletiva são "totalmente descabidas", argumentando que não há fatos novos nas acusações em relação a denúncias já arquivadas em 2010.
