São Paulo, 19/01/2019 - Planejada desde novembro, a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ocorre em um momento adequado para o governo, na avaliação do filósofo político Luiz Bueno, professor da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Para o especialista, a comitiva internacional ajuda a diminuir a tensão interna que os depósitos suspeitos na conta do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) podem trazer para o Planalto.
"Davos é um fator de distensão muito útil neste momento. Focar nesta viagem ajuda a diminuir a temperatura nas redes sociais. Eu ainda não vejo um abalo significativo do apoio a ele nas redes. Mas, sem dúvida, a viagem ajuda na circulação de outras informações que não sobre o Flávio", afirmou Bueno.
O professor destaca ainda, no entanto, que a estratégia de comunicação para contenção dos danos que o caso pode causar ao governo ainda não está clara. "Eles podem querer aumentar as falas sobre política internacional, como tenho notado", disse. (Mateus Fagundes - mateus.fagundes@estadao.com)