Por Marcia Furlan
São Paulo, 30/11/2021 - A Petrobras informou há pouco em comunicado ao mercado que finalizou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos na Bahia, para a MC Brazil Downstream Participações, empresa do grupo Mubadala Capital, por US$ 1,8 bilhão.
O valor, segundo a companhia, reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. Está previsto ainda um ajuste final do preço de aquisição, a ser apurado nos próximos meses.
A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a gestão da RLAM, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe, a partir de amanhã, mas está previsto um período de transição, por meio de um acordo de prestação de serviços, a fim de evitar interrupção operacional.
"Esta venda está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a abertura do setor de refino no Brasil", diz a Petrobrás.
De acordo com o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, a operação é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no País. "Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade", afirmou.
A conclusão do negócio, para a companhia, é um avanço na estratégia de realocação de recursos. "No segmento de refino, a Petrobras vai se concentrar em cinco refinarias no Sudeste, com planos de investimentos que a posicionará entre as melhores refinadoras do mundo em eficiência e desempenho operacional."
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