São Paulo, 13/06/2018 - O presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, traçou hoje um cenário internacional mais desafiador - seja por guerras comerciais, seja por desenvolvimento econômico mais lento -, mas sustentou que a recuperação econômica brasileira não pode ser interrompida a despeito das incertezas sobre a sucessão presidencial. "O Brasil não pode parar em função de eleições ou em função de uma agenda de A, B ou C. Só existe uma agenda, que é a do crescimento", comentou o executivo, durante evento sobre empreendedorismo promovido pelo banco na sede do Santander na capital paulista.
Rial teceu críticas em relação à política de subsídios. Segundo ele, não é somente com essa estratégia que o País conseguirá se desenvolver. “Não é através do subsídio por si só que chegaremos ao desenvolvimento. Na realidade, o Tesouro são os 200 milhões de brasileiros. O Tesouro somos nós”, destacou.
De acordo com o presidente do Santander Brasil, é impossível com a dinâmica e a disparidade econômica e social do Brasil não pensar em um papel relevante do banco de fomento. A indústria privada sozinha, conforme ele, não é capaz quer por incompetência ou falta de capilaridade de ser uma “máquina indutora” do empreendedorismo.
“Empreender fomento e banco privado transcende a qualquer plataforma política. Desenvolvimento econômico é desejo de todos”, destacou Rial.
Os brasileiros têm, segundo ele, viés empreendedor igual ou tão intenso ao dos chineses. O que falta, disse o presidente do Santander, é capital compatível com os projetos. (Eduardo Laguna e Aline Bronzati)