Economia & Mercados
10/11/2021 08:24

Especial: MRV mantém planos de crescer em 2022 apesar de piora da economia


Por Circe Bonatelli

São Paulo, 09/11/2021 - A MRV&CO, conglomerado imobiliário que reúne as operações da MRV, Urba, Luggo e AHS, segue com o propósito de expandir os lançamentos consolidados em 2022 apesar da deterioração da economia brasileira.

A resposta para contornar os problemas macroeconômicos está na diversificação dos projetos entre as empresas do grupo, afirmou o copresidente, Eduardo Fischer, em entrevista ao Broadcast. “A ideia é lançar mais. Para 2022, estamos mirando o crescimento”.

O executivo dá como certo um crescimento puxado por Luggo (locação residencial), Urba (loteamentos) e AHS (locação residencial nos EUA). Para a MRV (projetos de incorporação para famílias de baixa e média rendas) o cenário é um pouco mais incerto.

Em seu balanço, a companhia destacou que 39% das vendas já ocorrem fora do programa Casa Verde e Amarela, seu negócio mais tradicional. Há um ano e meio eram apenas 12%. Fischer ressaltou que o destaque daqui para frente será a AHS, que possui um total de 2.648 unidades aptas a vendas, o equivalente a R$ 3,5 bilhões.

“O momento é desafiador, e o setor está pressionado. Mas temos uma plataforma de soluções que construímos ao longo do tempo e nos ajudam bastante na estratégia de diversificação dos lançamentos. Estou bastante animado”, frisou.

Fischer avaliou que as vendas de apartamentos no CVA e médio padrão, de modo geral, estão boas, e que o mercado segue saudável. No entanto, admitiu que houve uma desaceleração nas vendas após os aumentos de preços dos imóveis para compensar a disparada nos custos de construção.

Por ora, novos aumentos de preços estão suspensos para evitar diminuição da liquidez. “Subimos preços nos últimos meses, e agora demos uma segurada”, contou. Mais adiante, a companhia pretende testar novos reajustes se entender que há oportunidade para isso.

A MRV&CO tem observado uma estabilização nas pressões de custos. Pelo lado de materiais, alguns preços ainda sobem, enquanto outros já recuam. E no caso da mão-de-obra, não tem registrado falta de profissionais, nem pressão para reajustes significativos de salários.

Com isso, a perspectiva é que a margem bruta permaneça estável, no mesmo patamar atual. A situação só deve melhorar mais adiante, depois que o ciclo atual das obras for concluído, e as vendas de unidades com os preços já reajustados sejam apuradas nos resultados futuros.

Contato: circe.bonatelli@estadao.com
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