Hong Kong, 11/08/2019 - A polícia de Hong Kong lançou gás lacrimogêneo contra manifestantes neste domingo em três regiões diferentes, em mais um dia de confrontos na capital financeira asiática. Os manifestantes jogaram tijolos contra a força policial e ignoraram alertas para deixar o local na área de Sham Shui Po antes do disparo das primeiras bombas, conforme relatos da polícia, que chamou a marcha pró-democracia de uma "reunião não autorizada".
Próximo dali, manifestantes utilizando máscaras de gás se reuniram nos arredores de uma delegacia em Cheung Sha Wan, enquanto policiais portando equipamentos de defesa olhavam para o grupo do alto de um muro do local. Bombas de gás lacrimogêneo também foram lançadas na região central de Hong Kong nos dois lados do Victoria Harbour, na área de Tsim Sha Tsui no lado de Kowloon e em Wan Chai.
Mais cedo, um enorme grupo de manifestantes, integrado em sua maior parte por jovens, marchou até Hennessey Road, o principal shopping da região de Causeway Bay, enquanto outro grupo se reunia nas proximidades do Victoria Park. Muitos dos manifestantes têm utilizado máscaras para preservar suas identidades, e alguns portavam capacetes. Outros simplesmente carregavam suas mochilas e vestiam camisetas pretas, o que tem se transformado em uma espécie de uniforme entre eles. "Esperamos que o mundo saiba que Hong Kong não é mais a Hong Kong que costumava ser", disse a manifestante Louisa Ho. "A China está fazendo mais e mais pressão contra Hong Kong, seu povo e suas organizações".
Há nove semanas a região autônoma tem enfrentado grandes manifestações contra uma proposta de lei de extradição que teria permitido que residentes de Hong Kong fossem julgados na China continental. Entre as exigências do movimento estão a renúncia da chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, eleições democráticas, a liberdade dos manifestantes presos desde o início dos protestos e uma investigação sobre o uso da força policial contra os manifestantes. Fonte: Associated Press.
