Economia & Mercados
09/07/2018 12:38

CDS do Brasil cai para 245,44 pontos em dia de feriado em SP e efeito nulo de imbróglio Lula


São Paulo, 06/07/2018 - O Credit Default Swap (CDS), derivativo de crédito que protege contra calotes na dívida soberana, do Brasil segue em baixa e recuava 2,67 pontos há pouco, negociado a 245,44 pontos, ante 252,17 pontos no fechamento de sexta-feira, de acordo com cotações apuradas pela Markit, levando em conta os contratos de 5 anos. É o menor nível desde 6 de junho, quando o papel estava em 244,27 pontos-base.

O sócio-fundador do Grupo L&S, Leandro Ruschel, diz que o fundo EWZ em Nova York, composto de ações brasileiras, subia 0,69% mais cedo hoje, em linha com outros mercados emergentes, mostrando que o imbróglio jurídico envolvendo o ex-presidente Lula, ontem, tem efeito imediato nulo.

O ajuste do CDS do Brasil reflete a persistente trégua no conflito comercial externo, com as bolsas em alta nos Estados Unidos e Europa nesta segunda-feira em que os mercados financeiros ficam fechados em São Paulo por causa do feriado estadual de 9 de julho.

No segmento de moedas, o dólar opera em ligeira baixa ante o euro, mas em alta moderada frente iene e libra, enquanto mostra majoritariamente sinais negativos frente a divisas emergentes e ligadas a commodities. No mercado doméstico, o dólar à vista médio apurado em outras praças do País fora de São Paulo mostrava viés de alta, cotado há pouco em R$ 3,8708, informou o Banco Central, referindo-se à terceira coleta de taxas nas mesas de operação, para a formação da Ptax desta segunda-feira. Na sexta-feira, o dólar à vista terminou a R$ 3,8662 no balcão e a Ptax, a R$ 3,9264.

No exterior, segue pesando hoje nos mercados o sentimento de que o processo de alta de juros conduzido pelo Federal Reserve (Fed) será gradual após a divulgação do relatório mensal de emprego (payroll) na sexta-feira.

Além disso, a libra se enfraqueceu com o anúncio de que Boris Johnson renunciou como ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, colocando em risco o governo da primeira-ministra Theresa May. Ontem, David Davis já havia renunciado como ministro responsável pelas negociações do Brexit - processo para a retirada do Reino Unido da União Europeia - depois que May obteve apoio dentro de seu gabinete para um plano de ruptura "mais suave" com o bloco, no fim da semana passada. (Silvana Rocha - silvana.rocha@estadao.com)
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