Economia & Mercados
19/06/2018 09:47

Boeing/Hrinak: Brasil pode liderar a indústria de biocombustíveis para aviação


São Paulo, 19/06/2018 - O Brasil tem potencial para assumir a liderança mundial na indústria de combustíveis sustentáveis para aviação, avalia Donna Hrinak, vice-presidente da Boeing para a América Latina. “Agora é o momento de o Brasil assumir a liderança nessa área da aviação. Com a participação do governo, academia e indústria, podemos trazer o Brasil à liderança”, disse a executiva, durante evento organizado por Boeing, Embraer e entidades ligadas ao setor de biocombustíveis.

A fabricante norte-americana desenvolve pesquisas na área junto com a Embraer há três anos, em um centro instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). “Possuímos projetos em várias partes do mundo, Estados Unidos, China, Japão, mas só aqui no Brasil trabalhamos com outra empresa de fabricação de aviões, desde 2015. Este é um exemplo de como duas empresas membros da indústria poderiam colaborar”, comentou Hrinak.

Na visão da vice-presidente da Boeing para a América Latina, o Brasil está à frente de várias partes do mundo porque soube aproveitar bem seus recursos naturais através de uma tecnologia agroindustrial de ponta. Ela cita o fato de que, no País, o abastecimento de veículos com etanol já existe há quatro décadas, enquanto em outros países essa prática ainda “engatinha”.

E a executiva enxerga um horizonte positivo, com a nova Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e os Créditos de Descarbonização de Biocombustíveis (CBios). “Ainda tem muito a se fazer, a parceria é o que vai nos levar ao sucesso nessa área”, diz.

Além da Boeing, a Embraer tem outras parcerias em pesquisas sobre biocombustíveis, com empresas como a GE e a companhia aérea KLM. A fabricante brasileira é pioneira no tema, sendo a primeira e única empresa do mundo a certificar e produzir em série um avião que utiliza combustível alternativo - o modelo agrícola Ipanema, com propulsão a álcool, que chegou ao mercado no início de 2004. (Letícia Fucuchima - leticia.fucuchima@estadao.com)
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