Por Cynthia Decloedt
São Paulo, 12/05/2022 - A B3 deve continuar sentindo o impacto da volatilidade no mercado de ações, onde as novas ofertas estão zeradas. Mesmo as ofertas subsequentes (follow ons) praticamente desapareceram, diante das incertezas quanto à persistência do impacto da guerra na Ucrânia na inflação, globalmente, e na cadeia de suprimentos. Afora isso, há as eleições presidenciais e, portanto, são baixas as expectativas de retomada da atividade com ações, o que tende a limitar o crescimento dos grandes números do balanço da B3 nos próximos trimestres.
Segurando os pratos. Mesmo assim, o balanço da B3 mostrou resiliência quando se compara os números do primeiro trimestre deste ano aos do quarto trimestre de 2021, quando as incertezas já se desenhavam. O lucro líquido atribuído aos acionistas e o lucro líquido recorrente subiram frente ao quarto trimestre, enquanto as receitas ficaram em linha com o trimestre imediatamente anterior.
Mas em 12 meses....Os dados do balanço da B3 tiveram desaceleração importante, especialmente porque os três primeiros meses do ano passado foram marcados por maior atividade em bolsa e otimismo. O lucro líquido atribuído aos acionistas caiu 12,3% e as receitas totais cederam 4,6% em doze meses. A contração veio especialmente de uma queda de 10,4% nas receitas com segmento listado, onde o volume médio negociado cedeu mais de 15%.
Investimentos. As despesas, que somaram R$ 856,4 milhões no primeiro trimestre, representando uma alta de 29,5% em 12 meses e de 5,7% no trimestre, também pesaram. Os números maiores refletem uma agenda de aquisições e diversificação do negócio.
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