Por Niviane Magalhães
São Paulo, 16/10/2020 - As vendas no varejo brasileiro caíram 7,9% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2019, de acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), divulgado há pouco pela empresa de maquininhas. Apesar da retração, o resultado é o melhor desde o início da pandemia e a queda pode ser explicada pelos efeitos da Covid-19. No entanto, o setor experimenta o quinto
mês seguido de recuperação.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a queda do ICVA foi de 3,5%. Segundo o ICVA, todos os macrossetores apresentaram aceleração das vendas no mês. Bens Duráveis e Semiduráveis, com destaques nos setores de Óticas e Joalherias e Vestuário, e Bens Não Duráveis, com destaque para Varejo Alimentício Especializado, chegaram inclusive a registrar crescimento nominal.
"Setembro apresentou forte aceleração do varejo. Essa recuperação é percebida em todos os setores, apesar de alguns deles, principalmente aqueles relacionados a Serviços, ainda estarem em um patamar abaixo de 2019", afirma Gabriel Mariotto, superintendente-executivo de Big Data da Cielo. "Se não
levássemos em conta os setores de Serviços como Turismo, Alimentação, entre outros, o ICVA nominal já estaria acima de zero em setembro”, complementa.
A região Sudeste apresentou a maior retração em setembro de 2020, de 8,5%. Na sequência aparecem as regiões Nordeste, com baixa de 7,9%, Centro-Oeste, com retração de 5,3%, Sul, com baixa de 4,7% e Norte, com queda de 1,1%.
O ICVA é calculado de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas e grandes varejistas. No total, são 1,5 milhão de varejistas credenciados à rede da empresa que têm suas vendas monitoradas.
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