Por Thaís Barcellos
Brasília, 02/06/2022 - As contratações de crédito agropecuário pela Caixa alcançaram R$ 6,098 bilhões em maio, um recorde histórico mensal, segundo antecipou com exclusividade ao Broadcast, o presidente do banco, Pedro Guimarães. O recorde anterior tinha acontecido em março deste ano, com R$ 3,91 bilhões de contratações.
O volume de maio representa um crescimento de mais de 300% em relação ao mesmo período de 2021 e de mais de 600% frente ao quinto de mês de 2018, antes do início de sua gestão. Segundo Guimarães, a expectativa é de que o volume de concessões em junho supere o de maio, uma vez que o banco tem R$ 8 bilhões "na esteira para emprestar". Os detalhes das contratações do financiamento agrícola pela Caixa em maio serão divulgados pelo banco à imprensa ainda nesta tarde.
O banco tem feito uma grande ofensiva no crédito rural, em busca da liderança do segmento, que hoje é, com folga, do Banco do Brasil. Na gestão de Guimarães, a Caixa passou de 8º nesse mercado para 2º neste ano. Em março, a carteira da CEF no agro era de R$ 21,1 bilhões. A do BB, de R$ 254,6 bilhões.
Apesar disso, Guimarães reforça que o banco não está tirando o freio do crédito imobiliário, que é o primeiro, com participação de cerca de 70% do mercado. Mais cedo, a CEF divulgou que as contratações de crédito imobiliário também foram recordes em maio, com R$ 15,6 bilhões, um aumento de 29,2% ante igual mês de 2021. O recorde anterior havia sido em agosto de 2021, de R$ 14,0 bilhões.
"Foi o maior mês da história do crédito imobiliário. Nunca tinha chegado nem perto. Mas o crescimento do agro é mais impactante", disse Guimarães. "Isso é importante, pois somos um novo entrante no agro. No momento, o único banco que está emprestando com recursos da poupança é a Caixa, que é mais barato que o custo de Tesouraria. Tivemos esse crescimento tão expressivo, pois estamos com as menores taxas, o que é importante em momento de alta de preços de matéria-prima."
O presidente da Caixa ainda destacou que os resultados recordes em maio no crédito agro e no imobiliário reforçam que o banco não está "colocando o pé no freio" no segmento em que é líder para buscar o primeiro lugar no financiamento agrícola.
Segundo Guimarães, isso é possível porque o banco tem mais de R$ 360 bilhões em recursos de depósitos de poupança e o índice de Basileia de 19,2%, o maior dos cinco maiores bancos. O mínimo definido pelo Banco Central é de 11%.
(Colaborou Matheus Piovesana)
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