São Paulo, 17/07/2017 - A redução na projeção mediana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017 no relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (17), de 3,38% para 3,29%, é explicada pela queda nos índices no atacado, além de ser um resquício ainda das revisões realizadas após a medição de junho, que teve deflação de 0,23%. Essa é a avaliação da economista da CM Capital Markets Camila Abdelmalack, que prevê justamente 3,29% para inflação acumulada neste ano.
A previsão para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) saiu de alta de 0,34% no fim de 2017 para recuo de 0,23%, enquanto o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) agora tem estimativa de deflação maior, de 0,55% ante retração de 0,36%.
Graças a essa inflação mais baixa e também à percepção do mercado de que a atividade econômica está fragilizada, segundo Camila, também houve revisão para a expectativa da taxa Selic no final de 2017, de 8,25% para 8%. A mudança aconteceu na previsão de corte para o Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, que mudou de 0,75 ponto porcentual para 1 ponto na pesquisa divulgada hoje.
A economista ainda avalia que a queda na projeção de câmbio no final de 2017, de R$ 3,35 para R$ 3,30, é uma boa sinalização, que indica que a instabilidade atual deve continuar sem afetar significativamente os ativos brasileiros. (Thaís Barcellos - thais.barcellos@estadao.com)
