Agronegócios
11/07/2018 18:41

Camex confirma aprovação de estudos para possível consulta à OMC contra China sobre frango


Brasília, 11/07/2018 - O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) confirmou a aprovação pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) da elaboração de estudos para possível abertura de contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão da China de impor barreiras à importação de frango brasileiro. A aprovação foi antecipada pelo Broadcast nesta tarde. Em nota, o Mdic informou que a Camex aprovou também a realização de estudos em relação à salvaguarda chinesa que atingiu a importação de açúcar brasileiro. Após os estudos, o governo brasileiro poderá abrir uma consulta ou um painel junto à OMC.

O governo ainda poderá fazer consultas ao órgão multilateral sobre o sistema chinês de licenciamento de importação automático. "Medidas de defesa comercial adotadas pela China já foram alvo de oito disputas na OMC. O país asiático foi condenado em todos os casos que evoluíram para fase de painel", afirmou o Mdic em nota.

Na reunião desta quarta-feira, os ministros da Camex aprovaram o lançamento de negociações comerciais entre o Mercosul e Cingapura - é necessário o aval de todos os países do bloco. A aproximação do Mercosul com o país asiático começou em dezembro do ano passado. "Da perspectiva do Mercosul, um acordo com Cingapura deve considerar a presença do país como hub comercial e logístico do Sudeste Asiático, o que poderá significar acesso facilitado à região, que conta com 630 milhões de habitantes e PIB de cerca de US$ 2,5 trilhões, semelhante a economias como a França ou o Reino Unido", afirmou o Mdic, em nota.

Segundo a pasta, o comércio com Cingapura cresceu 26,9% entre 2016 e 2017, passando de US$ 2,4 para US$ 3 bilhões.

A Camex decidiu ainda suspender a sobretaxa de 35,4% que estava aplicada nas importações pelo Brasil de sal grosso do Chile, insumo utilizado na fabricação de cloro e soda. A suspensão visa a aumentar a oferta e reduzir o preço do produto no mercado brasileiro. (Lorenna Rodrigues - lorenna.cardoso@estadao.com)
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