Agronegócios
29/03/2017 12:21

Logística: CNA pede a Temer prioridade em obras com foco na rodovia BR-163


Brasília, 29/3/2017 - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ontem (28) ao presidente Michel Temer (PMDB) documento no qual cobra obras para reduzir os gargalos logísticos ao agronegócio brasileiro, com prioridade às regiões produtoras do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No estudo, a entidade destacou uma região grande produtora de grãos com infraestrutura logística ainda falha (acima do paralelo 16, que passa pelo sul de Mato Grosso, corta Goiás e as regiões norte de Minas Gerais e sul da Bahia).

Após a crise para o escoamento da safra de soja em Mato Grosso, no início deste mês, a rodovia BR-163 foi citada durante o encontro como o foco principal dessas obras e exemplo desses gargalos. Segundo o documento, o asfaltamento do trecho de 104 quilômetros da BR-163, juntamente com a integração do modal logístico hidroviário, reduziria o custo de transporte em 36% para o escoamento de grãos de Mato Grosso.

Sem essa obra e sem a integração logística, a CNA estima uma perda de R$ 1,2 bilhão por ano, somente considerado o escoamento da soja de Mato Grosso. "É só um produto, de somente um Estado, por isso, a gente cobrou agilidade, principalmente nessa obra. Fora isso, há questões das ferrovias, a demora do licenciamento ambiental e o confronto com áreas indígenas", explicou Bruno Lucci, superintendente Técnico da CNA.

Durante um breve discurso no evento, Temer citou o gargalo logístico na BR-163 e ainda as ações emergências tomadas pelo governo para liberar um trecho da rodovia que se transformou em um atoleiro e tornou inviável, por dias, o escoamento de soja em março. As demandas da CNA foram encaminhadas ao ministro dos Transportes, Maurício Quintella.

Elisângela Lopes, assessora da Comissão Nacional de Infraestrutura e logística da CNA, lembra que boa parte das obras apresentada no documento está contemplada em programa de governos para concessões e privatizações, com datas e recursos necessários. "A grande preocupação é que projetos sejam executados nesse tempo que foram planejados e que o governo conceda o orçamento necessário", concluiu. (Gustavo Porto - gustavo.porto@estadao.com e Anne Warth - anne.warth@estadao.com)
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