Agronegócios
16/02/2018 14:48

CBOT: soja e trigo operam em baixa; milho trabalha avança com demanda e petróleo


Chicago, 16/02/2018 - Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em baixa nesta sexta-feira. Traders estão embolsando lucros após o mercado ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado ganhos de 4,2% no período. Investidores também ajustam posições antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos. Na segunda-feira, os mercados de grãos na CBOT permanecem fechados por causa do feriado do dia do presidente.

A fraca demanda externa pelo grão norte-americano também pesa sobre as cotações. Na atual temporada, o ritmo das exportações americanas está abaixo do necessário para que as projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sejam atingidas. Isso se deve principalmente à concorrência do Brasil no mercado global. Ontem, o USDA disse que exportadores venderam 837.500 toneladas de soja das safras 2017/18 e 2018/19 na semana passada. O resultado ficou dentro do intervalo projetado por analistas, de 200 mil a 1,15 milhão de toneladas.

A demanda interna nos EUA, porém, continua robusta. Segundo a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas, o esmagamento de soja no país somou 163,1 milhões de bushels (4,44 milhões de toneladas) em janeiro, queda de 2% ante o mês anterior. Apesar da queda, o volume foi recorde para o mês.

O milho trabalha com movimentos mistos, em torno da estabilidade. O vencimento mais curto, para março, opera com maior resistência, impulsionado pela demanda aquecida para cereal norte-americano. Mais cedo, exportadores privados relataram ao USDA a venda de 116 mil toneladas do grão da safra 2017/18 para o Japão. As negociações no mercado do petróleo colaboram para dar uma influência positiva aos contratos do milho, aumentando a competitividade do etanol. Nos Estados Unidos, o cereal é a principal matéria-prima do bicombustível e o setor consome cerca de um terço da safra doméstica do grão.

Em contrapartida, os vencimentos longos do milho oscilam entre perdas e posições estáveis, pressionados pelo desempenho negativo da soja e do trigo. No setor de ração animal, milho e trigo são substitutos diretos e seus preços caminham com uma correlação em Chicago. Especificamente nos negócios do cereal de inverno, as cotações recuam devido à ampla oferta global e dificuldades de escoamento para um dos compradores mais relevantes, a Jordânia, que está disposta a fazer aquisições, mas apenas a preços baixos.

Há pouco, o vencimento março da soja perdia 0,50 cent (0,05%), a US$ 10,23 por bushel. O milho para março ganhava 0,50 cent (0,14%), a US$ 3,6825 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo recuava 3,25 cents (0,70%), a US$ 4,5850 por bushel. Fonte: Dow Jones Newswires.
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