Por Leticia Pakulski
São Paulo, 17/03/2022 - O diretor-presidente da SLC, Aurélio Pavinato, disse que os insumos da safra 2021/22 já estão "em casa" e o custo de produção está "sob controle". "Estamos com expectativa de margens em 2022 superiores ou similares às de 2021", declarou ele, ontem (16), em teleconferência com investidores. Segundo ele, o cenário de fertilizantes preocupa para a safra 2022/23. "Compramos praticamente metade dos fertilizantes para 2022/23", afirmou. Segundo ele, a empresa adquiriu especialmente potássio, fertilizante cuja maior oferta vem da Rússia e da Belarus. "Compramos 83% do potássio, estamos com dependência menor da fonte Rússia e Belarus", disse. "A expectativa é de suprimento de acordo com nossa necessidade na próxima temporada."
Segundo o executivo, os preços para o que falta adquirir de fertilizantes dependem da evolução do conflito entre Rússia e Ucrânia. "A expectativa é de que ao longo do tempo tenhamos ajustes nos preços de fertilizantes", disse. Segundo ele, apesar dos custos mais altos com fertilizantes, a companhia vê preços mais altos de commodities. "Temos a visão de que vamos conseguir boas margens em 2023."
Pavinato omentou, ainda, que a estratégia da companhia para driblar o quadro de alta de preço e restrição de oferta de fertilizantes é reduzir aplicação em virtude da reserva no solo. “Temos estratégia de redução de uso de 20% a 25% sem comprometer produtividade. Nos últimos anos adubamos muito bem as lavouras”, disse.
Se Rússia e Belarus não conseguirem exportar potássio, isso pode provocar desabastecimento mundial, na avaliação de Pavinato. “Felizmente a SLC está bem comprada em potássio. Acreditamos que até a safra seguinte o problema estará resolvido”, disse. Na estimativa do executivo, com os preços elevados do insumo haverá redução da demanda mundial por fertilizantes de 10% a 20%.
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