Café americano

Se o tarifaço é a dor do setor cafeeiro, nada melhor do que contar com o anestesista dr. Geraldo Alckmin

31 de julho de 2025

Por Simone Cavalcanti

Aceita café?
Sim, sou cafezeiro
É… o café do Brasil está com problema…

Foi assim que a apresentadora Ana Maria Braga recebeu o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no programa Mais Você, da TV Globo. A considerar que o café não entrou na lista de exceções da tarifa de 50% das importações pelos Estados Unidos, sim, realmente, o produto brasileiro está com problemas.

O tarifaço, como se diz no jargão de Recursos Humanos, é a dor atual também desse setor. E, de dor, o dr. Alckmin (médico de formação) disse entender: “A minha especialidade é anestesia. É tirar dor!”.

Se das mesas de negociação até agora não foi possível trazer a anestesia desejada, ao menos o vice-presidente da República foi solidário. Ele, que já foi por quatro vezes governador de São Paulo, que tem o café na sua história, apareceu no programa com uma meia temática estampada com grãos do produto.

E plantou uma esperança: “O café deixou uma pulga atrás da orelha”, disse ele sobre uma conversa com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O americano reconheceu nesta semana que café, cacau e outros recursos naturais incapazes de crescer no país podem receber isenção da tarifa.

Afinal, são muito consumidos, lembrou Alckmin, mostrando com as mãos o tamanho G da dose de café dos americanos.

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) afirmou hoje que vê espaço para a negociação com os americanos até o dia 6 de agosto, nova data imposta pelo presidente Donald Trump. Na mesma toada está a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Para dar um pouco mais do que sorte nas rodadas, Alckmin ganhou um par de meias estampadas com cubos mágicos. Realmente, para lidar com a imprevisibilidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, só mágica mesmo!