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Aceno duplo de Lula

Agrado vai da classe média, fiel da balança nas eleições de 2026, a empresários da construção e bancos

10 de outubro de 2025

Por Circe Bonatelli

O anúncio do novo sistema de crédito imobiliário feito pelo governo Lula foi um aceno não só à classe média – que será o fiel da balança nas eleições de 2026 – mas também aos empresários da construção e aos bancos. Há anos, eles vinham pedindo que o governo liberasse os depósitos compulsórios da poupança para que o dinheiro fosse direcionado para os financiamentos habitacionais.

O novo modelo não é bem o que os empresários pediram, mas fica perto disso. O governo está liberando a redução do compulsório para o banco que destinar recursos captados no mercado (não na poupança!) para o crédito imobiliário. Em troca, a instituição financeira pode usar os recursos da poupança para qualquer modalidade de financiamento. É um mecanismo mais complexo, mas também com capacidade de injetar mais dinheiro no mercado imobiliário e em outros setores que os bancos quiserem atender.

A cerimônia oficial de lançamento foi prestigiada de perto pelos empresários. O evento aconteceu no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Por lá estiveram os presidentes de Febraban, Itaú Unibanco, Bradesco, Abrainc, Secovi, CBIC, entre outros, acompanhando Lula, Haddad, Alckmin e a comitiva de ministros.

Aliás, o setor de construção tem sido destino de uma leva de incentivos neste governo. Na véspera, o ministro das Cidades, Jader Barbalho, fez um longo discurso em um evento da Abrainc no qual o mote foi que o governo não vai descansar enquanto não criar mecanismos para atender todos os segmentos de compradores de imóveis, sem se limitar ao Minha Casa Minha Vida. No mesmo evento, prometeu também ajustar novamente o programa e ampliar o orçamento do FGTS para habitação no ano que vem.

A conferir.

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