Emaranhado de regras da aviação brasileira arranca risadas em evento com países latinos
26 de junho de 2025
Por Luiz Araújo*
Tendo o maior mercado de aviação comercial na América Latina, o Brasil desperta um misto de admiração e desconfiança de seus vizinhos latinos. As perguntas e considerações sobre as regras para operar no País chegaram a arrancar risadas durante o Wings of Change Américas (Woca), evento da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) que está sendo realizado na Colômbia.
Membros do setor de diferentes lugares destacam particularidades brasileiras como a proibição sobre cobrança de bagagens de mão e os inúmeros projetos de lei que podem, a qualquer tempo, alterar a regulação do setor. O País tem 25 projetos tramitando e que tratam da proteção aos consumidores -mais que o dobro do vizinho latino vice-líder no ranking o Peru, que tem 11 !
“O Brasil é um capítulo à parte”, disse um membro da Iata durante painel de imprensa que abordava a necessidade de uniformizar as regulações dos países da região para ampliar a conectividade. A fala foi seguida de risadas de parte dos cerca de 30 jornalistas presentes. Apenas dois eram brasileiros.
Por outro lado, talvez até como prêmio de consolação, o País é enaltecido em diversos outros momentos em razão da sua importância para o mercado aéreo e potencial de crescimento. Mas mesmo no aspecto potencial há críticas. Para o vice-presidente da Iata, Peter Cerdá, há sérios problemas afetando as companhias brasileiras que estão sendo ignorados por governos.
*O repórter viaja a convite da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
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