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30/06/2020 11:31

Aquisição de imóveis aumenta 30% financiamentos no primeiro trimestre


Aquisição de imóveis aumenta 30% financiamentos no primeiro trimestre

Crescimento na busca pela Casa própria alerta para déficit de moradias

PR Newswire


GUARULHOS, Brasil, 30 de junho de 2020 /PRNewswire/ -- A instabilidade econômica se agravou devido à pandemia, mudou a vida das pessoas, abalando o sistema econômico do País e provocou uma necessidade de busca por segurança. Ícones da estabilidade como: emprego, empresa e moradia passaram a representar incertezas. Para muitos brasileiros, isso motivou o anseio pela aquisição do principal símbolo de tranquilidade: a Casa Própria. Contrariando a expectativa, no primeiro trimestre do ano houve crescimento de quase 30% no financiamento de imóveis.


Os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que na comparação entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020, os empréstimos destinados à compra ou construção de imóveis cresceram 29,8%, movimento de R$ 20,25 bilhões. Em março deste ano, os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foram 5,6% maior que o mês anterior, movimentando R$ 6,73 bilhões e, comparando com março do ano anterior, representaram um aumento de 19,4%.


Mas por que houve esse aquecimento em um período de instabilidade? Alguns analistas indicam que em março o setor ainda não teria sofrido os reflexos da crise, enquanto outros acreditam que o movimento de incerteza pode ter migrado investimentos para a aquisição de imóveis. Em períodos de tensão ou crise, há uma natural reflexão sobre a vida. "Com a convivência mais intensa desse período, questões sobre o que realmente importa passam a fazer parte das autoanálises. Isso aflora no indivíduo o desejo de alcançar seus sonhos. No caso de uma pandemia como a que se vive, o sentimento é de proteção à vida e, por isso, o desejo da conquista da moradia pode ser tornar questão de sobrevivência", avalia a psicóloga Márcia Silveira.  


O crescimento que poderia representar um sinal positivo de reação do mercado imobiliário, também demonstra uma deficiência perene do poder público em não oferecer um amplo sistema habitacional, que contemple todas as necessidades. Os sistemas tradicionais de financiamento não são acessíveis à toda população, que carece de moradias dignas, pois ignoram uma parcela que não atende aos requisitos para serem aprovados no processo de concessão de crédito. O consumidor sofre com altas taxas de juros, redução no percentual de financiamento de imóveis e aumento das limitações para aprovação dos créditos. Portanto, o aumento nos financiamentos habitacionais, apesar de favorável, mascara questões sociais.


Por isso, novas opções de acesso à moradia devem ser criadas e incentivadas, como as Cooperativas Habitacionais. "O grande diferencial do cooperativismo, que inclusive tem legislação específica, é que os cooperados se unem em prol da Casa Própria, construindo através de um esforço mútuo, adaptável às condições financeiras de cada um, sem exigências burocráticas ou mesmo dependência de aval bancário. É uma opção para a redução do déficit habitacional do País", explica Carlos Massini, Diretor Executivo da CICOM, cooperativa habitacional de Guarulhos/SP.  As cooperativas passaram a contar com um Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal, a fim de que o poder público possa estabelecer melhores condições de atuação, para que o cooperativismo faça diferença nos resultados de moradias do País.


O déficit habitacional atinge 44% dos brasileiros, com uma necessidade de 7,7 milhões de residências. Sem contar quem vive em condições precárias, impulsionando o aumento de 70% dos moradores de favelas nos últimos 10 anos, segundo a Fundação Getúlio Vargas.  Não é surpresa a carência por moradias, e ninguém quer esperar, ainda que o cenário econômico seja instável. A pandemia gerou necessidades rígidas sobre os cuidados sanitários e protocolos de proteção, impossíveis de serem adotados para essa camada da população sem condições mínimas de habitação. A conquista da Casa Própria vai além do desejo, representa direito e necessidade, e dispor de alternativas para transformar essa realidade é responsabilidade de todos.


Carlos Massini salienta que "as cooperativas habitacionais são organizações sem fins lucrativos, o que viabiliza a aquisição de um imóvel a preço acessível, diferencial importante para famílias que guardam recursos a vida inteira para comprar um imóvel e também para aquelas que nunca acreditaram poder ter um".


No cooperativismo habitacional também foi percebido o aumento da procura por empreendimentos no primeiro trimestre de 2020, e a perspectiva é que este resultado tende a crescer, tão logo as rotinas sejam retomadas. Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB, apontam 1 bilhão de pessoas envolvidas com o cooperativismo no mundo em 2,6 milhões de cooperativas. Crescimento identificado pela mudança de comportamento do consumidor, que busca cada vez mais por alternativas compatíveis com sua realidade.


Sobre a Cicom


A CICOM reúne experiência de 15 anos de gestores do cooperativismo habitacional, e dispõe de diversos dispositivos para assegurar a confiabilidade no processo e a credibilidade da marca, que hoje atende mais de 300 famílias. A cooperativa oferece diferentes serviços: aquisição de terrenos, construção das obras, contratação de profissionais e parcerias com fornecedores do mercado. www.cooperativacicom.com.br


FONTE CICOM

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