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30/08/2017 16:09

Audiência Pública amplia debate sobre DTM


Brasília, DF--(DINO - 30 ago, 2017) - Foi realizada no dia 17 de agosto de 2017 uma Audiência Pública para debater a DTM ? Disfunção Temporomandibular, patologia pouco conhecida, mas que atinge grande parte da população ? cerca de 33% das pessoas apresentam pelo menos um sintoma referente à doença. A audiência veio por um requerimento do Deputado Antonio Brito e foi realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Participaram da Audiência a Dra. Simone Carrara, cirurgiã-dentista Especialista em Dor Orofacial e DTM, Carolina Martins José dos Santos, Coordenadora Geral de Saúde Bucal, representando o Ministério da Saúde, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal, Dr. Samir Najjar, e os representantes da SBDOF (Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial), Dr. Joao Henrique Padula e Dr. Roberto Brígído de Nazareth Pedras. Na mesa de convidados estavam os deputados Antônio Brito, Rodrigues Martins, Zé Augusto Nalin, Expedito Neto e Carmen Zanotto.

"Coloco esta audiência pública como um importante marco na divulgação da DTM" ressaltou a Dra. Simone Carrara. O objetivo é debater a DTM junto com parlamentares e com a sociedade, para que se amplie o acesso à informação sobre a patologia e consequentemente o acesso ao diagnóstico e tratamento dos pacientes.

"Queremos que sejam instaladas políticas públicas para controle da doença", completa Simone. No Brasil, é relevante o número de pessoas que necessitam de tratamento contínuo para DTM. Entre os principais sinais e sintomas da doença estão a dor na face, dificuldade para realizar movimentos mandibulares (falar, comer, bocejar...), dor no ouvido e/ou garganta, ruídos na ATM, dor cervical, tontura, vertigem, zumbido e cefaleia.

Em sua fala, a Dra. Simone Carrara fez uma breve apresentação e definição da patologia, contou o histórico da evolução de seu diagnóstico e tratamento e sobre a responsabilidade de todos (poder público, planos de saúde e população) na prevenção e tratamento da DTM. "É uma das doenças mais comuns que existe. Cerca de 33% da população apresenta algum sintoma causado pela DTM, sendo que até 22% destas pessoas precisam de tratamento. Mesmo assim não temos muitos estudos epidemiológicos. Precisamos de verba para desenvolver estes estudos e conseguirmos ainda mais informações", alerta a dentista.

Simone ainda ressaltou que o tratamento evoluiu muito e hoje está mais simples, mais rápido, eficiente e muito mais barato. "Hoje temos uma boa resposta em mais de 90% dos pacientes, sem custos excessivos. A gente pode ter esta assistência na rede pública e por meio dos planos de saúde", explicou.

O diagnóstico correto pode inclusive gerar uma grande economia para os planos de saúde e para o SUS, uma vez que um paciente com DTM sem o diagnóstico correto passa por consultas com diversos especialistas e realiza uma série de exames de alto custo, que poderiam ser evitados.

"Temos muitos casos de pacientes que chegam na clínica com uma série de exames e de relatos de consultas com profissionais de outras especialidades médicas. O valor gasto com exames, chega a 3 vezes o que seria gasto no diagnóstico e tratamento da DTM. E quem paga estes exames? Ou os planos de saúde ou a rede pública ou o próprio paciente", aponta Simone.

Além disso, a falta de diagnóstico correto pode levar o paciente a desenvolver outras patologias. Com problemas na ATM, ele tem dificuldade em se alimentar, não consegue praticar atividades físicas, toma uma série de medicamentos que poderiam ser dispensados, entre outros agravantes.

A Audiência Pública realizada no dia 17 de agosto teve por objetivo justamente convocar o poder público e a sociedade para debater e encontrar soluções para que a DTM seja mais divulgada, ampliando o acesso da população ao diagnóstico e tratamentos corretos. Um próximo passo é convocar diretores dos planos de saúde, assim como os membros da Tecnologia do Sistema de Saúde.

"Os dentistas brasileiros são muito conceituados no mundo inteiro. Quando conseguirmos estabelecer um protocolo e um modelo de atendimento, iremos nos tornar referência para outros países. Com o resultado que podemos conquistar com o apoio da Câmara dos Deputados, podemos fazer história", finaliza a Dra. Simone Carrara.


Website: http://www.simonecarrara.com.br/

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