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21/11/2017 12:09

José Serra visita Instituto de Nefrologia e promete ajuda para hemodiálise


Mogi das Cruzes - SP--(DINO - 21 nov, 2017) - O senador José Serra esteve no Instituto de Nefrologia de Suzano na tarde desta sexta-feira (17) em reunião com autoridades da região, além da diretoria da clínica de diálise, e se comprometeu a lutar por mais atenção à hemodiálise do Alto Tietê na esfera federal. A reivindicação é por mais atenção ao setor, que padece com a falta de reajuste pago pelo Ministério da Saúde para os pacientes que fazem o tratamento na unidade pelo SUS. No encontro também estavam presentes membros da Arcat (Associação dos Renais Crônicos do Alto Tietê), que colheram 26.642 assinaturas para um abaixo-assinado por melhorias na hemodiálise, já que muitos doentes não conseguem mais vaga na região e precisam fazer o tratamento dialítico em outros municípios fora do Alto Tietê. A vinda do senador a Suzano foi intermediada pelo deputado Estevam Galvão.Os Institutos de Nefrologia de Mogi das Cruzes e de Suzano atendem 542 pacientes no total, sendo 300 em Mogi e 242 em Suzano, alegam falta de possibilidades de ampliação no atendimento devido à defasagem no preço pago pelo Governo Federal. Há uma grande demanda reprimida, que acaba viajando três vezes por semana para São Paulo. "O apoio de todos vocês é fundamental para a melhoria da remuneração das sessões de diálise. O que pedimos é a correção da inflação para continuarmos atendendo e crescendo com qualidade. Esse pedido ao senador é porque quando ele foi nosso ministro, recebíamos por sessão de diálise 50% de um salário mínimo. Hoje recebemos em torno de 10%. Hoje o número de renais crônicos está aumentando, principalmente por causa de patologias como diabetes, hipertensão, obesidade e também aumento da expectativa de vida da população. Para isso, as clínicas precisam de mais vagas e para manter tudo isso é que nós pedimos ao senador Serra para nos apoiar. Sabemos que não está nas mãos dele, mas o peso dele na política nacional é muito grande e contamos com ele", salientou a diretora dos Institutos de Nefrologia, Silvana Kesrouani.A médica conta ainda que, nos últimos quatro anos, o reajuste foi de apenas 8,4%. "Não é nada demais. Só queremos a correção que o Ministério não tem feito. O dissídio dos colaboradores subiu mais de 50% e, nesse período todo, tivemos menos de 20% de correção da inflação. É por isso que as unidades todas de diálise do país estão sofrendo. É essa a nossa dificuldade."Serra disse que antes de sua vinda, já imaginava qual era a situação da hemodiálise, mas não sabia que o problema era tão grande. "Não pensava que era a situação estava tão dramática. Inclusive em matéria de remuneração, que é recebida do SUS, que é pelo menos R$ 100 abaixo do custo da hemodiálise. O tratamento é uma coisa essencial porque a vida das pessoas depende delas. Eu, quando estive no Ministério, fizemos uma grande ofensiva em termos de renovação de equipamento no Brasil inteiro, do aumento da oferta de serviços, da melhor remuneração. Mas ao longo do tempo isso se perdeu. São pessoas muito necessitadas e falta dinheiro para saúde e voz, 'capacidade de gritaria'. Em geral, o Governo é mais sensível a pressões mais fortes e este é um setor que não tem capacidade de pressão. Mas eu me interessei pelo assunto todo e vou levar ao presidente [Michel] Temer o assunto e depois ao ministro da saúde. Tem muito problema para resolver, mas precisa começar. Não pode é ficar estatelado diante de tantas dificuldades na saúde. E essa é uma dificuldade crítica. Vamos à batalha!"Intermediador da reunião, Estevam Galvão torce para que a situação se resolva o quanto antes. "A nefrologia está vivendo um momento de penúria, com risco até de fechar, e quem vai perder são os pacientes e seus familiares. Então o Serra com a experiência e o peso político dele se dispôs a ajudar e a nossa expectativa é que dê um resultado bom."O prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo, também esteve na reunião e pediu em nome dos mogianos. "Tanto Suzano quanto Mogi estão tendo que transportar pacientes para outras cidades. E a gente investe em transporte. Se a gente conseguisse ampliar e continuar atendendo dessa maneira muito satisfatória, seria o ideal. Mas agradecemos pela presença aqui, em vir conhecer a nossa necessidade."Erli Ferrari faz hemodiálise há 30 anos, é vice-presidente da Arcat, e pediu para o senador mais carinho ao setor: "Pedimos um reajuste da verba do SUS para a hemodiálise. Essas assinaturas foram colhidas em Suzano, Poá, Mogi, na maioria dos municípios do Alto Tietê. Em três meses conseguimos colher as assinaturas, com muito apoio e procuramos o deputado Estevam [Galvão], que foi muito solícito com a gente".

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