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08/12/2021 15:26

Estudo comprova eficiência de sistema de saúde baseado em valor


Pesquisa desenvolvida pela Imperial College destaca os resultados positivos conquistados em Belo Horizonte no combate à pandemia do coronavírus

A pandemia do coronavírus demonstrou mais uma vez a importância em abandonar ações reativas e impulsivas, partindo para a adoção de um modelo de gestão baseado no valor em saúde, como o utilizado pela plataforma Valor Saúde Brasil, do DRG Brasil. Afinal, dados corretamente coletados e analisados com o auxílio da Inteligência Artificial (IA) permitem atender mais e melhor, eliminando os desperdícios e otimizando todos os processos.

Ao menos é o que demonstra estudo da Imperial College, universidade de classe mundial em Londres, realizado em 14 capitais brasileiras desde o início da pandemia até 26 de julho de 2021. O levantamento registrou variações geográficas e temporais importantes nas taxas de mortalidade hospitalar por conta do covid-19 no País.

De acordo com o estudo, 56,55% das mortes registradas em hospitais brasileiros por causa da covid-19 poderiam ter sido evitados se outros estados apresentassem os mesmos resultados registrados em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Estudo de caso

Há praticamente duas décadas a capital mineira desenvolve um trabalho conjunto entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a assistência suplementar, com ações conjuntas, tendo como base uma gestão que leva em consideração o valor em saúde.

Com isso, as ações adotadas no município seguem práticas eficientes que eliminam desperdícios e deixam as unidades mais eficientes, atendendo mais pacientes e oferecendo mais qualidade. Resumindo: conseguem salvar mais vidas.

Só para ter uma ideia, a mudança do foco para o valor em saúde no SUS de BH ajudou a aumentar em mais de 20.400 o número de internações em 2019, mesmo com a redução de 578 leitos da rede. Isso representa contar com um novo hospital com aproximadamente 250 leitos, mas sem precisar contribuir e equipar a estrutura.

Já na saúde complementar, aproximadamente 49% da população de Belo Horizonte têm acesso a esse sistema. Nesse caso, a referência é a Unimed-BH, cooperativa que há 10 anos é considerada a melhor operadora brasileira e que adota como prática o valor em saúde.

Entre as ações adotadas, os hospitais da rede hospitalar contratada pela Unimed-BH que conseguem o nível de excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA) - maior programa de acreditação hospitalar brasileiro - recebem até 15% a mais.

“A diretriz de qualidade e centralidade dos resultados para o cidadão belo-horizontino foi incorporada ao mecanismo de “estado” pelo então prefeito Célio de Castro, em 1997, e pela Unimed-BH, desde o início dos anos 2000”, explica Renato Couto, presidente do Grupo IAG Saúde e fundador da plataforma Valor Saúde Brasil.

Comprovação

Os resultados conquistados na capital mineira, portanto, demonstram a eficiência de adotar uma metodologia baseada no valor em saúde. Além disso, apresentam a importância de utilizar esse processo em grande escala em outras regiões para a criação de um sistema de saúde nacional sustentável e eficiente.

Levantamento realizado na base de dados da plataforma Valor Saúde Brasil também comprova essa afirmação. De acordo com a pesquisa, 53% dos custos assistenciais nos hospitais brasileiros são consumidos por desperdícios causados por falhas na entrega de valor. O estudo analisou as internações de 340 hospitais que atendem 16,8 milhões de vidas, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da saúde suplementar.

Diretor executivo da plataforma, Breno Duarte explica que a mudança desse cenário passa para informação qualificada, trabalhada corretamente com o auxílio da IA.

Além disso, outras duas ações são recomendadas: maior engajamento, tanto de quem opera quanto de quem presta o serviço de saúde voltado para o estabelecimento de ações para a redução de desperdícios, e o envolvimento e ativação dos líderes da saúde.

Portanto, os dados demonstram que é possível entregar mais, mesmo sem o acréscimo de recursos. Para isso, porém, é necessário adotar um modelo assistencial e remuneratório baseado em valor com foco na qualidade do cuidado.

Sobre a plataforma Valor Saúde Brasil

A entrega de valor deve ser o propósito dos sistemas de saúde. Essa é a receita para evitar desperdícios e falhas, que prejudicam a assistência ao paciente e os resultados alcançados pelas instituições. O valor em saúde é determinado pela qualidade assistencial dividida pelo custo, alinhado a uma experiência positiva do paciente em sua trajetória no sistema de saúde. Portanto, o inverso de valor é desperdício.

A plataforma Valor Saúde Brasil dispõe - com base nas informações geradas pelo DRG Brasil e pela Inteligência Artificial - de funcionalidades para o diagnóstico e planejamento estratégico do sistema de saúde e a estruturação de programas de governança clínica para a entrega de valor.

Para isso, utiliza a metodologia DRG totalmente ajustada ao perfil brasileiro. Desfechos assistenciais e consumo de recursos tornam-se comparáveis e previsíveis, uma vez que os pacientes agrupados em um mesmo DRG (produto assistencial) possuem características clínicas e de risco similares, determinando uso de recursos (diárias e insumos) também similares.

O Analytics da plataforma apresenta uma visão dinâmica da qualidade do cuidado e dos resultados econômicos, criando as condições necessárias para simplificar e acelerar a mudança do modelo assistencial e remuneratório em direção a sistemas baseados em valor.

Saiba mais em: www.drgbrasil.com.br

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