Los Angeles--(
DINO - 19 jan, 2022) -
Desde que
Viúva Negra, sucesso estrelado por Scarlett Johansson, bateu recorde de audiência com US$ 379 milhões em bilheteria global no ano passado, Hollywood precisou rever um velho conceito: de que protagonistas mulheres em filmes de ação geram baixas receitas. O filme foi a quarta maior bilheteria do ano e a segunda produção da Marvel Studios liderada exclusivamente por uma personagem feminina, depois de
Capitã Marvel em 2019, que faturou cerca de US$ 1 bilhão.
Vem daí que, em 2022, uma legião de heroínas promete invadir as telas dos cinemas e dos streamings. Começando por Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), de
WandaVision, série original de maior sucesso na Disney+ no ano passado. A personagem retorna em
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura como antagonista de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) e com direção de Sam Raimi, o mesmo da trilogia
Homem-Aranha. 'Espero que no futuro seja evidente que quanto mais perspectivas houver em uma história, tanto na tela quanto atrás da câmera, melhor será o resultado final', declarou a criadora de
WandaVision, Jac Schaeffer.
A lista de heroínas da MCU nas telas este ano é extensa e inclui Jane Foster, vivida por Natalie Portman, que retorna como Mighty Thor em
Thor: Amor e Trovão, nos cinemas em 8 de julho. Tem também
She-Hulk, interpretada por Tatiana Maslany, o trio Gamora (Zoë Saldaña), Nebula (Karen Gillan) e Mantis (Pom Klementieff) em
Guardiões da Galáxia Vol. 3, e Shuri, que deve conquistar o papel principal em
Pantera Negra Wakanda Para Sempre.
As super-heroínas da DC também entram em ação em 2022 em uma série de produções incluindo
Naomi,
Batwoman e
Stargirl. 'Os fãs de quadrinhos são os melhores fãs que você pode ter', afirma a brasileira Alice Braga, que viveu a libertária Sol Soria em
Esquadrão Suicida 2. No ano passado, a atriz viveu também a médica com superpoderes Cecilia Reyes em
Novos Mutantes, da Marvel. 'Para uma fã e nerd como eu, isso é um troféu!', disse a atriz.
O pelotão das heroínas no cinema tem inspirado uma nova geração de atrizes rumo a Hollywood. Natural de Ribeirão Preto, Carolline Salomão já atuou em diversos filmes internacionais de ação, incluindo
Vidro, com Bruce Willis e Samuel L. Jackson, e
Bond and Holmes: Anti-Heroines (sem tradução para português), no papel de Charlotte Holmes. 'Em vez de viver a mocinha que precisa ser protegida pelo herói, as mulheres estão ganhando protagonismo nas histórias de ação', comenta. De olho nas oportunidades desse mercado, Carolline pratica jiu-jitsu, taekwondo e cavalgada, além de aulas de screen combat, técnica especial para luta em filmagens. Foi por conta dessas habilidades que em
A Beautiful Debt (ainda sem título em português), curta gravado em janeiro deste ano em Londres, a atriz dispensou o apoio de dublê nas cenas de luta. 'Existe uma demanda grande dos estúdios por novos talentos que possam lutar e encarnar heroínas com maestria', afirma Carolline, que sai de gravações na Europa direto para audições em Los Angeles, na Califórnia. Ela aponta outra tendência crescente em Hollywood: mais abertura para castings estrangeiros. 'É maravilhoso ver surgir papéis de heroínas de diversas origens e sotaques', comenta a atriz que fala quatro línguas.
Entre os destaques nessa categoria está America Chavez, vivida por Xochit Gomes, a primeira super-heroína latina da MCU presente em
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, com estreia prevista para 6 de maio.
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https://tatianacesso.com/super-heroinas-ganham-destaque-em-hollywood/