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3 de novembro de 2025
Por Ana Paula Machado
São Paulo, 03/11/2025 – Diante de um outubro mais volátil, a XP manteve a expectativa para o Ibovespa alcançar 170 mil pontos em 2026. Segundo a corretora, os mercados globais continuaram em alta em no mês passado, mas no Brasil observou-se um “mês de dois opostos”: uma correção na primeira parte do mês, seguida por uma forte recuperação na segunda, com o índice renovando sua máxima histórica em reais.
“Continuamos vendo o valuation como atrativo, com o Ibovespa sendo negociado a 9,3 vezes Preço/Lucro projetado”, considera a XP.
Segundo a corretora, embora os investidores tenham se mostrado mais otimistas com a perspectiva de cortes de juros à frente e com o trade eleitoral, fatores globais explicam a maior parte da forte performance das ações brasileiras em 2025 até agora, que cresceram 24% em reais e 43% em dólares.
“Os balanços corporativos permanecem, em geral, saudáveis. Seguimos com uma visão construtiva para as ações brasileiras”, disseram os analistas Fernando Ferreira, Felipe Veiga, Raphael Figueredo e Lucas Rosa.
De acordo com a corretora, os mercados internacionais seguiram em alta, impulsionados por uma temporada de resultados sólida – nos EUA, 82% das empresas superaram as estimativas de lucro por ação, com uma surpresa média positiva de alta de 5%. No Brasil, até agora, 62% das empresas divulgaram resultados acima do esperado, com uma surpresa média positiva de 4%.
“À medida que as ações brasileiras renovam suas máximas históricas, investigamos os principais motores dessa performance e concluímos que a maior parte do rali pode ser explicada por fatores globais, e não domésticos”, afirmou a XP.
Segundo a corretora, embora os investidores estejam mais otimistas com a perspectiva de cortes de juros à frente e com o trade eleitoral, a correlação do Brasil com outros mercados emergentes e da América Latina segue elevada – indicando que o dólar mais fraco e a rotação global de ativos têm sido fatores mais relevantes por trás do rali no acumulado do ano. “No entanto, isso não significa que fatores locais deixarão de importar daqui para frente”, diz a XP.
Para a corretora, a maior preocupação dos investidores é entender o comportamento do crédito corporativo, dado que a inadimplência (NPL) corporativa começou a se deteriorar, segundo dados do Banco Central. A XP lembra ainda que algumas grandes companhias – como Ambipar e Braskem – anunciaram reestruturações de dívida recentemente e os spreads de crédito começaram a abrir.
“Nossa análise mostra que os indicadores de alavancagem e de balanço das empresas do Ibovespa continuam saudáveis, em média. Os dados sugerem que, embora o risco sistêmico de alavancagem ainda seja baixo, as pressões de refinanciamento e liquidez estão cada vez mais relacionadas com razões específicas das companhias”, informou a corretora.
A XP realizou, ainda, algumas alterações em suas carteiras. Na Top Ações, entrou Gerdau e saiu JBS e Grupo Mateus e as exposições em Cyrela e Smartfit foram aumentadas. Já na de Dividendo, foi elevado o peso de Itaú e Vale, enquanto foi reduzido em Telefônica e B3. Na Carteira de Small Caps, a corretora adicionou Mills e retirou C&A. Na de ESG, entrou Sabesp no lugar de Serena Energia.
Contato: ana.machado@estadao.com
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