Por Naomi Matsui e Gabriel de Sousa
Brasília, 8/10/2025 – O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quarta-feira, 8, que o Ministério da Fazenda tem um “arsenal de opções” em caso de derrota da Medida Provisória (MP) 1.303/2025, com alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele, porém, não detalhou as opções e disse que serão estudadas depois.
“Vamos tentar, até o último instante, a aprovação da medida provisória. Se não for aprovada, o que não falta no ambiente do Ministério da Fazenda são opções.Tem um arsenal de opções lá. A opção mais vantajosa é essa [a MP]”, disse o senador, após almoço no Palácio do Planalto com para debater estratégias de como salvar o texto.
Numa ameaça velada ao Congresso, Randolfe disse que há a possibilidade de contenção de emendas. “É consequência imediata. Se há um tombo de R$ 20 bilhões, R$ 25 bilhões [na arrecadação], obviamente, vamos aumentar o limite de contingenciamento”, afirmou.
“Imagino que o contingenciamento, caso não tenha MP, venha de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões de contingenciamento. Só de emendas.”
Randolfe voltou a reconhecer que há dificuldade em aprovar o texto, mas negou que uma opção seria deixar a MP perder a validade para evitar uma derrota: “Nós precisamos da impressão digital daqueles que querem votar no Brasil”.
Disse ainda haver uma “aliança do bolsonarismo raiz com o bolsonarismo personnalité” e voltou a atribuir ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), as articulações contra o texto. “O que está em jogo não é o mérito do MP, o que está em jogo é uma ação de sabotagem do Brasil coordenada pelo senhor Tarcísio de Freitas, entre outros personagens.[…] Porque tem uma outra operação hoje para antecipar as eleições de 2026”.
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