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Fontes: Vale deve captar mínimo de US$ 750 mi em seu primeiro bond híbrido

17 de novembro de 2025

Por Cynthia Decloedt

São Paulo, 17/11/2025 – A Vale iniciou nesta segunda-feira reunião com investidores para captação de seu primeiro bond híbrido em dólar, os quais têm uma estrutura de pagamento de remuneração envolvendo dividendos e que têm menor peso na alavancagem da companhia, apurou a Broadcast. A captação está sendo feita majoritariamente para recomposição de caixa da Vale e fazer frente a compromissos relacionados à recompra de debêntures participativas e que envolveram US$ 700 milhões, de acordo com fontes que acompanharam a apresentação da empresa.

Os bonds híbridos tem opção de recompra entre novembro de 2030 até fevereiro de 2031. O juro é fixo até 2031 e após isso uma remuneração baseada no juro norte-americano, mais um prêmio e a partir de 2036 um acréscimo de 25 pontos-base, que sobe para 75 pontos-base a partir de 2051. As fontes disseram ainda que a Vale tem o direito de não pagar juro, o que é comum nesse tipo de estrutura, e optar pelo pagamento do juro acumulado em dividendo, quando houver sua distribuição acima do mínimo regulatório.

A Vale informou ainda aos investidores que por serem híbridos, essa dívida será reportada nos demonstrativos financeiros pelo padrão IRFS, mas será excluído das métricas de dívida líquida.

A companhia contratou o Citigroup, Bank of America, HSBC e JPMorgan como coordenadores globais e o BTG Pactual, Morgan Stanley, MUFG, RBC Capital Markets, SMBC Nikko e o UBS como coordenadores da operação de captação no exterior.

Mais cedo, a Vale anunciou a operação. A última captação da Vale no exterior foi em fevereiro deste ano, quando levantou US$ 750 milhões com a reabertura dos bonds 2054. Ao mesmo tempo, a mineradora anunciou uma oferta de recompra de outros papéis.

contato: cynthia.decloedt@estadao.com

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