Por Ludmylla Rocha
São Paulo, 08/10/2025 – Os preços de referência trimestrais de energia elétrica calculados pela consultoria Dcide caíram cerca de 13% em uma semana e de 15% em um mês, em meio à mudança na composição do indicador. Com a entrada no mês de outubro, sai o produto com entrega no mês vigente e entra outro três meses a frente, que corresponde a janeiro de 2026.
Com isso, o boletim divulgado nesta quarta-feira, 08, mostra que o índice para a energia convencional trimestral – que, portanto, agora considera novembro a janeiro – chegou a R$ 252,55 por megawatt-hora (MWh), desvalorização de 13,39% ante os R$ 291,58 por MWh da semana passada. Em um mês, a queda foi de 15,61%. Já em um ano, chega a 44,12%.
O índice trimestral para a energia incentivada – proveniente de usinas eólicas, solares, biomassa ou Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com desconto de 50% na tarifa fio – foi calculado em R$ 280,97 por MWh, o que equivale a uma diminuição semanal de 12,27% e mensal de 14,26%. Em um ano, a desvalorização acumulada é de 41,85%.
Quando expurgado o efeito sazonal da mudança por meio da comparação dos componentes comuns dos indicadores trimestrais (novembro e dezembro), o registro para a fonte convencional é de uma queda de 13,99% na semana e de 13,11% no mês; para a incentivada, as reduções são de 12,96% na comparação semanal e de 12,04% na mensal.
Longo prazo
Os índices de longo prazo tiveram variações suaves em relação à semana anterior. O indicador para a energia convencional a ser entregue de 2027 a 2030 caiu 0,27 em uma semana, para R$ 181,98 por MWh. Em um mês, o produto registra alta de 1,67% enquanto, em um ano, verifica-se valorização de 18,49%.
A energia incentivada de longo prazo, por sua vez, caiu 0,31% em uma semana, para R$ 211,68 por MWh. Com isso, o índice acumula alta mensal de 1,19%, e anual de 13,59%.
Se forem considerados apenas os preços dos componentes comuns aos preços de longo prazo desta semana e de seus pares no ano anterior, a alta anual é maior nos dois produtos. Para a fonte convencional, chega a 28,54%, e para a incentivada, a 21,75%.
Os indicadores de curva forward da Dcide são calculados com base em coleta de informações feita às segundas-feiras junto a agentes de mercado, seguindo o conceito de marcação a mercado, ou seja, no preço que geradoras, comercializadoras e consumidores entendem que o MWh vale hoje para os próximos meses e anos. Os valores se referem ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
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