Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Broadcast OTC
Plataforma para negociação de ativos
Broadcast Data Feed
APIs para integração de conteúdos e dados
Broadcast Ticker
Cotações e headlines de notícias
Broadcast Widgets
Componentes para conteúdos e funcionalidades
Broadcast Wallboard
Conteúdos e dados para displays e telas
Broadcast Curadoria
Curadoria de conteúdos noticiosos
Broadcast Quant
Plataformas Broadcast
Soluções de Dados e Conteúdos
Soluções de Tecnologia
11 de novembro de 2025
Por Cynthia Decloedt
São Paulo, 11/11/2025 – Com trimestres de repetidos recordes em receitas e lucro, o BTG Pactual passa a mensagem de que está no meio de um caminho para se tornar ainda mais robusto. No terceiro trimestre, o BTG registrou lucro líquido ajustado de R$ 4,539 bilhões e receita de R$ 8,8 bilhões, ambos recorde. O retorno sobre o patrimônio (ROAE) foi para 28,1% no terceiro trimestre, superando o já inesperado patamar do terceiro trimestre de 27,1%.
O CEO do BTG, Roberto Sallouti, disse que o banco está nos estágios iniciais de retorno dos investimentos feitos em aquisições, novas iniciativas e negócios feitos, citando as áreas de gestão de fortunas (wealth managment) e aquisições realizadas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
Em gestão de fortunas, adquiriu a JGP Wealth Managment em abril, adicionando R$ 18 bilhões aos ativos que carrega sob gestão de endinheirados. O negócio foi fechado meses após a compra da também gestora de fortunas Julius Baer, com o qual trouxe mais de R$ 60 bilhões para sua base de ativos sob gestão.
Nos Estados Unidos, levou em 2024 o M.Y.Safra, instituição norte-americana com licença para operar em todo o país, passo visto como o mais importante para sua expansão na América do Norte. O objetivo do negócio é atender sua grande base de clientes latino-americanos de alta renda para diversificar patrimônio para ativos internacionais, incluindo na Europa.
De acordo com o diretor-financeiro do BTG Pactual, Renato Cohn, a ideia é melhor atender os latino-americanos que vivem também nos Estados Unidos, complementando uma série de serviços que o BTG já tem na região. O M.Y.Safra, com sede em Nova York, além de investimento, atua no segmento de private banking, corporativo e de empréstimos imobiliários comerciais e residenciais. Também no ano passado, adquiriu o family office Greytown Advisors, com sede em Miami e US$ 1 bilhão em ativos de famílias endinheiradas, principalmente da América Central.
Em 2023, negociou o luxemburguês FIS Privatbank, renomeado BTG Pactual Europe, conectando escritórios de atendimento de clientes de alta renda em Lisboa, Madri e em Londres. Na América Latina, adquiriu a unidade de varejo do HSBC no Uruguai este ano, ampliando presença na região, onde já tem franquias no Peru, Chile, Colômbia e México
“Continuamos com novas linhas de negócios e geografias, o que deve se manter pela próxima década e garantir nosso crescimento. Todos esses investimentos ainda não estão gerando valor, mas ao longo dos próximos anos devem ter resultados assim como outros iniciados em anos anteriores”, afirmou Sallouti.
Mesmo assim, o presidente do BTG se esquivou de fazer projeção sobre o retorno do banco este ano e nos próximos, justificada pela provável volatilidade em 2026 – sem citar a eleição presidencial. Disse apenas que “matematicamente, (o ROAE) não deveria ficar abaixo de 25%”.
Para o Citi, o ROAE do BTG deve superar 25% em 2025, considerando os fortes resultados dos últimos dois trimestres. Os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi notam as iniciativas para a oferta de serviços a uma base maior de clientes e o uso dos canais digitais para a entrada dos mesmos.
Localmente, o BTG tem expandido nos últimos anos os serviços e produtos bancários oferecidos a alta renda e as empresas, associadas a uma plataforma de investimento. O BTG acaba também de lançar sua maquininha, entrando no concorrido mercado de adquirência, o qual estão todos os demais grandes bancos e fintechs. Em 2026, começa ainda a incorporar o Banco Pan ao seu balanço.
Vale lembrar que, embora seja um banco de investimento e diferente dos demais grandes, seu lucro neste trimestre superou o registrado pelo Santander (R$ 4 bilhões), ficando abaixo porém de Bradesco (R$ 6,2 bilhões) e Itaú (R$ 11,87 bilhões).
Contato: cynthia.decloedt@estadao.com
Veja também