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Bradesco BBI: Santander tem resultado forte, com lucro acima do esperado por conta do ROE

29 de outubro de 2025

Por Vinícius Novais

São Paulo, 29/10/2025 – O resultado do terceiro trimestre do Santander foi considerado forte pelo Bradesco BBI, com lucro líquido recorrente de R$ 4,0 bilhões, uma alta de 9,6% sobre o trimestre anterior e de 9,4% em relação a igual período de 2024. O resultado ficou 8,4% acima da projeção da casa, impulsionando o retorno sobre o patrimônio (ROE) a 17,5%, ante 16,4% no segundo trimestre e 15,8% estimados pelo BBI.

Em relatório, os analistas Marcelo Mizrahi e Eric Ito, o avanço foi sustentado principalmente por despesas operacionais controladas, visto a queda de 5,2% na comparação trimestral, e pela expansão das receitas de serviços, além de provisões e alíquota efetiva de imposto menores do que o previsto. O lucro antes dos impostos somou R$ 4,3 bilhões, 2,1% superior ao trimestre anterior e 1,9% acima da estimativa do BBI, mesmo com perdas maiores em tesouraria, que atingiram R$ 1,3 bilhão ante R$ 730 milhões no segundo trimestre.

Na margem financeira total, o Santander registrou R$ 15,2 bilhões, recuo de 1,2% no trimestre e estabilidade em 12 meses, pressionado pelo resultado negativo de R$ 1,3 bilhão na mesa de mercado, impactada pela alta dos juros e pelo maior número de dias úteis. Já a margem com clientes ficou em linha com a projeção de R$ 16,6 bilhões, crescendo 2,7% no trimestre e 11,1% no ano, com spread ampliado em 10 pontos-base, para 10,85%.

A carteira de crédito expandida somou R$ 689 bilhões, alta de 2,0% no trimestre e de 3,8% em 12 meses. O BBI destaca o avanço de 3,6% nas pequenas e médias empresas, de 4,8% no segmento corporativo e de 1,8% em financiamento ao consumidor. Entre pessoas físicas, o volume ficou praticamente estável, prejudicado por recuos nos empréstimos consignados (-3,9%) e no crédito rural (-6,4%), parcialmente compensados por crescimentos em cartão de crédito (3,7%) e hipotecas (2,9%).

A formação de inadimplência permaneceu estável em 1,2%, mas o índice de atrasos acima de 90 dias subiu 0,30 ponto, para 3,4%, efeito de menores baixas contábeis. As provisões totalizaram R$ 6,5 bilhões, 4,9% abaixo do trimestre anterior e 2,1% inferiores à previsão do BBI, com custo de risco de 3,9%, recuo de 4 pontos-base.

Receitas de tarifas somaram R$ 5,6 bilhões, superando a projeção da casa em 1,5% e crescendo 6,7% no trimestre, puxadas por cartões, operações de crédito, seguros e corretagem, apesar da queda de 5% nos serviços de conta-corrente. As despesas operacionais ficaram em R$ 6,4 bilhões, praticamente estáveis sobre o segundo trimestre e 0,5% menores ano a ano, performando 5,2% melhor que o esperado, reflexo de gastos administrativos controlados e redução de 0,9% nas despesas de pessoal, atribuída à otimização do quadro de funcionários.

Para o Bradesco BBI, o controle de custos, a estabilidade da inadimplência inicial e a expansão das receitas com clientes compensaram a fraqueza da tesouraria, permitindo novo aumento do lucro e do ROE.

O Bradesco BBI manteve recomendação neutra para as ações do Santander Brasil e reiterou preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 5,59% ante o último fechamento.

Contato: vinicius.novais@estadao.com

*Conteúdo elaborado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast

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