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4 de novembro de 2025
Por Pedro Lima e Eduardo Laguna
São Paulo, 04/11/2025 – O gerente de finanças sustentáveis do Banco do Brasil (BB), Vilmar Thewes, afirmou hoje que a instituição vem ampliando o uso de inteligência artificial (IA) e modelos climáticos para precificar riscos no agronegócio, setor que responde por um terço da carteira do banco.
“O agronegócio é um terço da nossa carteira e temos 50% de participação nesse mercado. Então qualquer coisa que atingir o mercado vai atingir o Banco do Brasil”, disse em evento da Moody’s Ratings em São Paulo, Segundo ele, a cobertura de seguros contra eventos climáticos, especialmente seca, caiu de mais de dois terços da carteira para menos de 50% em dois anos.
Mesmo com o risco climático em trajetória ascendente, explica o gerente, o aumento dos prêmios, as margens mais apertadas e a menor subvenção pública levaram muitos produtores a deixar de contratar seguros. Thewes explicou que a seguradora BB Seguros está lançando um novo modelo de precificação baseado em análises de IA e práticas de agricultura regenerativa, que permitirão uma “personalização muito maior do risco”.
O banco também aplica análises de sensibilidade de risco social, ambiental e climático a todos os clientes e usa quatro cenários em seus testes de estresse: dois de risco físico – elevação de temperatura de 2ºC e 4ºC – e dois de risco de transição, com trajetórias de emissões líquidas zero (net zero) até 2050 e de política atual.
“O risco de transição é importante porque, para atingir o net zero em 2050, terei um risco maior de mudanças regulatórias”, afirmou. Segundo o gerente, esses cenários ajudam a equilibrar a exposição do banco a riscos climáticos e regulatórios e já anteciparam parte das condições extremas observadas nas enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. “As perdas foram maiores do que o teste de estresse tinha previsto, mas nossa atuação ficou dentro do esperado já que temos atuação nacional. Se tivéssemos exposição exclusiva no Rio Grande do Sul, possivelmente teríamos tido problemas bem maiores do que tivemos.”
Thewes ainda mencionou que um evento extremo recente no norte do Paraná atingiu lavouras de soja em floração, o que pode exigir renegociação de dívidas de produtores com cobertura de seguro em torno de 50%.
Contatos: pedro.lima@estadao.com; eduardo.laguna@estadao.com
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