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Jogo Político: Clã Bolsonaro tenta conter dissidências no Rio e em Santa Catarina

28 de outubro de 2025

Por Marcelo de Moraes

Brasília, 28/10/2025 – Mesmo faltando quase um ano para as eleições de 2026, as negociações em torno das próximas candidaturas regionais têm feito com que os integrantes do clã Bolsonaro se mobilizem para controlar dissidências entre os aliados. Em pelo menos dois Estados, Rio de Janeiro e Santa Catarina, o grupo já precisou falar mais grosso para tentar conter os problemas.

No Rio de Janeiro, a tentativa de aproximação do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tenta atrair o PL para seu grupo de apoio sem abrir mão da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocou um “chega para lá” do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.

“Não fui consultado e acredito que o eleitor de direita no Rio, o mais importante para uma decisão dessa, também não foi. Alguém me explica como dá para ser palanque de Bolsonaro e Lula ao mesmo tempo? Ser contra e a favor de traficante? Ser contra e a favor de aborto? Estamos testando alguns nomes fortes para a disputa ao governo do Rio de Janeiro. Em breve boas novidades”, rebateu Flávio pelas suas redes sociais.

Em Santa Catarina, o movimento de contenção de desgaste acontece pela decisão do clã Bolsonaro de lançar o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) como candidato ao Senado pelo Estado. O grupo quer que ele faça dobradinha na disputa pelas duas vagas para o Senado com a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC). O problema é que essa composição passa obrigatoriamente por rifar a candidatura à reeleição do veterano senador Esperidião Amin (PP-SC), aliado do governador Jorginho Mello (PL), que se comprometeu a bancar seu nome para o Senado, na composição da aliança estadual.

Dessa vez, além do próprio Carlos Bolsonaro avisar que os candidatos do ex-presidente Jair Bolsonaro no Estado são ele e Caroline de Toni, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também reforçou e concordou com a fala do irmão.

Com Bolsonaro inelegível e já condenado pelo Supremo Tribunal Federal, existe a possibilidade que seu desgaste político aumente ainda mais e provoque outras dificuldades de acertos nas candidaturas estaduais do grupo.

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