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Moody’S Analytics: eventual acordo EUA-Brasil não mudaria cenário macro significativamente

22 de outubro de 2025

Por Caroline Aragaki

São Paulo, 22/10/2025 – Um eventual acordo comercial entre Estados Unidos e Brasil não mudaria o cenário macroeconômico significativamente para nenhum dos dois países, mas poderia fortalecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes das eleições de outubro de 2026, avalia a Moody’s Analytics, em relatório.

Segundo a Moody’s, danos econômicos decorrentes das tarifas abriram uma margem para diálogo, com destaque para os preços do café e da carne bovina disparando, sendo que o Brasil é o primeiro e terceiro maior fornecedor dos EUA, respectivamente, destes produtos. Já para o Brasil, as tarifas não mudaram o cenário macroeconômico, considerando que o aumento das exportações para a China compensaram a lacuna com os EUA, vide as exportações de soja e milho disparando em 2025.

O cenário base da Moody’s ainda é de que um acordo mais amplo entre Lula e o presidente Donald Trump é improvável, mas a instituição considera que é possível imaginar os contornos de um eventual acordo comercial. Os EUA possivelmente reverteriam tarifas ao Brasil em troca de mudanças nas rigorosas regulamentações de redes sociais no Brasil, que afetaram empresas americanas, avalia.

Outro ponto é que o Brasil tem as maiores reservas de metais de terras raras do mundo, ficando atrás apenas da China. “As ambições dos EUA de desbloquear suprimentos alternativos estão crescendo, assim como a necessidade de capital dos mineradores brasileiros”, pondera a Moody’s Analytics.

Contato: caroline.aragaki@estadao.com

*Conteúdo elaborado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast

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