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20 de outubro de 2025
Por Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi e Mariana Gualter
Brasília, 20/10/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou empresários nesta segunda-feira, 20, durante o lançamento do programa Reforma Casa Brasil, no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, o governo precisa fazer ações no que o mercado não se interessa, como o crédito imobiliário para a classe média com juros baixos.
“Um dos papéis mais importantes do Estado é olhar para aquelas pessoas que o mercado não tem o interesse de olhar. Pode ser duro dizer uma coisa dessas. Vão dizer que o Lula é contra o mercado. Não, é que o mercado é muito sábio, não gosta de fazer aposta errada e de ganhar pouco”, afirmou o presidente.
Lula também criticou empresários contrários à medida e afirmou que eles possuem mais de R$ 500 bilhões em desonerações e isenções fiscais, mas se recusam a diminuir a quantia. O presidente disse ainda que quer que o mercado “ganhe muito dinheiro” mas “sem extorquir o povo”. Lula também rechaçou opositores ao crescimento do salário mínimo, argumento que o crescimento nacional precisa ser repartido entre a população.
“Os empresários que reclamam de nós têm praticamente mais de R$ 500 bilhões em desonerações e isenções fiscais e eles não querem baixar 1% disso. Então, é preciso que a gente tenha a firmeza e a certeza de dizer que lado que a gente está e para quem de verdade a gente quer governar. Eu quero que os empresários todos ganhem muito dinheiro, eu quero que os banqueiros ganhem dinheiro, mas não precisa extorquir o povo, ganhem dinheiro de forma tranquila, emprestando dinheiro a juros razoáveis”, disse Lula.
Lula voltou a dizer que, antes das gestões petistas, as classes mais pobres não estavam presentes no Orçamento, e que o governo precisa olhar para os mais necessitados na hora de formular políticas públicas.
“O povo que precisa de nós não precisa de bilhões, sequer de milhões, precisam de alguns milhares de reais. É pouco, e com esse pouco que as pessoas mais humildes recebem, eles conseguem movimentar a economia”, disse Lula.
O presidente também afirmou que a gestão petista não tinha olhos para a classe média, fatia que é cobiçada por ele nas eleições de 2026 e é o foco do Reforma Casa Brasil. Durante o discurso, ele brincou com o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, dizendo que ele deveria “abrir o coração para o povo” e que o dinheiro da estatal era da população, ao falar da articulação do lançamento da iniciativa.
“Ele não é pobre e miserável, ele não é rico. Então, ele não existe também, porque a gente não pensa na política para essa gente. É preciso saber que essa gente não é tão pobre, mas é quase que pobre”, disse Lula.
O Reforma Casa Brasil, como adiantou a Broadcast, terá a oferta de R$ 40 bilhões de crédito habitacional. O novo programa é voltado para famílias que já têm casa própria, mas enfrentam problemas estruturais ou de adequação nas edificações. Entre os exemplos citados pelo governo estão “telhados danificados, pisos comprometidos, instalações elétricas e hidráulicas precárias, falta de acessibilidade ou necessidade de ampliação”.
O programa contará com R$ 30 bilhões do Fundo Social e mais R$ 10 bilhões disponibilizados pela Caixa por meio de Letras de Crédito Imobiliário (LCI), totalizando R$ 40 bilhões em financiamentos destinados a melhorias habitacionais dentro da iniciativa.
Contato: gabriel.sousa@estadao.com; gabriel.hirabahasi@estadao.com; mariana.gualter@estadao.com
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