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Exclusivo: 60+ são quase 50% do investidor pessoa física na Bolsa, com R$ 275 bi do total

20 de outubro de 2025

Por Fabiana Holtz, do Viva

O número de investidores acima de 60 anos na B3 cresceu 51% entre 2021 e 2025, somando 533.836 CPFs. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Bolsa com exclusividade para o Viva, embora essa faixa etária represente 10% do total das pessoas físicas, em volume financeiro ela é responsável por 45,8% do estoque – R$ 275 bilhões de um total de aproximadamente R$ 600 bilhões.

“Nos últimos anos, tivemos um movimento de inclusão na Bolsa. O número de investidores cresceu significativamente, a distribuição entre as faixas etárias se modificou e mais mulheres começaram a investir”, afirma a superintendente de Negócios para Pessoas Físicas da B3, Christianne Bariquelli.

Segundo o levantamento da B3, com dados de setembro, o público masculino ainda predomina, representando 64% dos investidores nessa faixa etária, contra 36% de mulheres.

No acumulado dos últimos cinco anos, porém, a presença das mulheres cresceu em um ritmo mais expressivo (56%), saltando de 122.983 para 192.116. No mesmo intervalo, o número de investidores do sexo masculino aumentou 48%, passando de 230.790 para 341.720 mil.

Investidoras em alta

No recorte por gênero, as mulheres ainda são minoria, mas têm demonstrado um interesse cada vez maior. O estoque de recursos das investidoras, apesar de ser menor, saltou 43,7% entre 2021 e 2025, passando de R$ 49 bilhões para R$ 70,4 bilhões.

Os homens dessa faixa etária seguem concentrando um volume bem superior de recursos na B3, com estoque de R$ 204,5 bilhões. O resultado, porém, representa um crescimento de 19% ante 2021, quando os recursos somavam R$ 172,1 bilhões.

Para Bariquelli, o crescimento da participação de pessoas com mais de 60 anos mostra que o interesse por conhecimento e autonomia financeira não tem idade e que o mercado precisa ser cada vez mais acessível para todos.

“É um movimento decorrente do ciclo da vida. Conforme as pessoas vão envelhecendo, cresce o acesso à renda e o acúmulo de patrimônio. Daí o interesse natural por investimentos”, afirma.

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