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IBGE: 12 das 24 atividades têm quedas de preços no IPP de agosto

10 de outubro de 2025

Por Daniela Amorim

Rio, 10/10/2025 – A queda de 0,20% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em agosto foi decorrente de reduções em 12 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Há de se observar que o resultado mensal de agosto é o menos intenso desde abril (-0,12%). Se observarmos o que acontece com o acumulado no ano, veremos que os principais impactos vieram de setores de grande peso na indústria: alimentos, metalurgia, indústrias extrativas e refino. O movimento desses preços tem explicações diversas, mas, no caso de alimentos, por exemplo, a safra é um fator que explica em grande parte a redução, não por acaso, açúcar, soja e arroz despontam como as principais influências, no acumulado do ano”, explica Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, em nota oficial.

O IPP acumula uma queda de 3,62% no ano.

Em agosto, o recuo de 0,44% nos preços dos alimentos deu a maior contribuição para a deflação do mês, -0,11 ponto porcentual. O setor de alimentos teve a sétima queda de preços no ano, embora tenha sido a menos intensa. O único mês com alta de preços nos alimentos foi abril, avanço de 1,52%. Como resultado, os alimentos acumularam uma queda de 7,55% no ano.

“Em relação ao setor de alimentos, dos 43 produtos levantados na pesquisa, os quatro de maior influência responderam por -0,02 ponto porcentual (da variação de -0,44%), ou seja, são os outros 39 produtos que intensificam o resultado negativo. De toda forma, dos quatro de maior influência, a redução do preço da carne de frango, por conta de uma demanda menor, e o café, em período de safra, garantiram a influência líquida negativa, haja vista que os preços do óleo de soja e açúcar VHL subiram”, completou Brandão.

Além de alimentos, também contribuíram significativamente para a deflação do IPP de agosto as atividades de outros produtos químicos (queda de 0,93% e impacto de -0,08 ponto porcentual), indústrias extrativas (-1,39% e -0,06 ponto porcentual) e papel e celulose (-1,42% e -0,04 ponto porcentual).

Contato: daniela.amorim@estadao.com

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