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9 de outubro de 2025
Por Lavínia Kaucz e Luiz Araújo
Brasília, 09/10/2025 – O ministro Luís Roberto Barroso afirmou que sua decisão de deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) “foi longamente amadurecida” e “nada tem a ver com a conjuntura atual”. Ao anunciar sua aposentadoria durante a última sessão, nesta quinta-feira, lembrou que havia comunicado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há cerca de dois anos, sua intenção de antecipar a saída.
O ministro destacou que deixa o tribunal após pouco mais de 12 anos, mas que acumula mais de 40 anos de serviço público. “O Brasil me deu tudo o que tenho, muito além do que sonhei quando tudo começou”, disse. Ele ressaltou que se despede com o “coração apertado, mas com a consciência tranquila de quem cumpriu sua missão”.
Barroso aproveitou o discurso para agradecer aos colegas do Supremo e destacou a convivência e o aprendizado. “Ao longo dos anos aprendi a conviver e admirar os colegas com os quais compartilhei a aventura de fazer justiça nesse País formidável, mas complexo”, afirmou.
Agradecimentos aos colegas
Dirigindo-se nominalmente aos ministros, fez uma série de homenagens. A Gilmar Mendes, disse que a vida os afastou, mas voltou a aproximá-los, agradecendo pela parceria “valiosa nos momentos difíceis”. A Cármen Lúcia, destacou que sua integridade “irradia uma luz que inspira pessoas”. A Dias Toffoli, reconheceu a “capacidade de gestão que fez enorme diferença no tribunal”.
Também lembrou a amizade de longa data com Luiz Fux: “Estar ao seu lado foi motivo de alegria e orgulho”. Expressou solidariedade a Alexandre de Moraes: “Somos testemunhas da sua dedicação ao País e solidários com os preços pessoais que está tendo que pagar”. A André Mendonça, elogiou a integridade e fidelidade aos próprios valores; a Cristiano Zanin, chamou de “juiz vocacionado, justo e brilhante”; e a Flávio Dino, destacou o “brilhantismo e senso de humor que tornam a vida mais leve”.
Barroso também cumprimentou o presidente Edson Fachin, afirmando que o tribunal “está sendo conduzido pelo que há de melhor no País, em termos de honestidade e idealismo”. O ministro encerrou a fala afirmando que, apesar de não terem sido “tempos banais”, deixa o STF “sem tristeza, mágoa ou ressentimento”.
“Vou deixar aqui amigos queridos e boas lembranças. Tenho enorme confiança de que o Supremo continuará a ser um pilar da Constituição e um protagonista na preservação da estabilidade institucional do país e da democracia”, concluiu, sob aplausos dos colegas.
Contato: luiz.araujo@estadao.com
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