Rio de Janeiro, RJ--(
DINO - 28 jun, 2018) - O transporte aquaviário é o principal modal logístico para exportação e importação de grandes volumes de carga, sendo essenciais para o desenvolvimento da indústria e do comércio brasileiro. Segundo o último boletim da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), apenas no 1º Trimestre de 2018 já foram movimentadas 249 milhões de toneladas em cargas nos portos brasileiros. Nos portos públicos o crescimento no movimento foi de 3,2% em comparação ao 1º trimestre do ano passado.
Na exportação, a China segue sendo o principal destino logístico, com 47,2% do total de cargas exportadas no período, o equivalente a 68,9 milhões de toneladas. O 2º principal destino é a Malásia, com 5,1% do total, seguido pela Holanda, com 4,8% do total. Mas se há um domínio asiático nas exportações, o mesmo não ocorre na importação, onde a China aparece como 3º, com 8,1% das importações. A Argentina aparece em 2º lugar, com 8,6% de participação, enquanto o principal país importador são os Estados Unidos, com 24,3% do total de cargas importadas no período.
Quanto ao tipo de carga, os contêineres apresentaram maior aumento na movimentação, com 11,5% de crescimento no período. Com a possibilidade de utilizar o mesmo contêiner para transportar diferentes produtos, essa acaba sendo a forma mais barata para a importação de eletrônicos e vestuário. Empresas como a
OfficeTotalShop , e-commerce especializada em impressoras profissionais, investiu em um centro de distribuição próximo a um porto para agilizar o envio dos produtos e reduzir o gasto em frete.
"O transporte aquaviário obviamente não possui a mesma velocidade do transporte aéreo, mas as transportadoras mantém ótima regularidade nos prazos de entrega, permitindo que façamos um melhor planejamento logístico, para fazer uma entrega rápida dos produtos importados, com menor custo", explica Ricardo Frotté, analista logístico da
OfficeTotalShop .
Por outro lado, os portos privados sofreram uma queda de 2,3% na movimentação de cargas, puxado principalmente pela queda nas exportações de minério de ferro, petróleo e bauxita, que são os principais grupos de mercadoria transportados pelos cargueiros. Outro ponto importante foi o baixo investimento na modernização dos portos, sendo o mais baixo em 14 anos, segundo relatório da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Maiores investimentos no setor permitiria diminuir a dependência do porto de Santos, principal do país, evitando gargalos e preparando o Brasil para uma maior movimentação de cargas por transporte aquaviário.
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