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15/10/2018 15:59

Síndrome depressiva: como identificar e acolher pessoas com depressão


Belo Horizonte--(DINO - 15 out, 2018) - Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a depressão afeta mais de 322 milhões de pessoas - 4,4% da população mundial. O Brasil registra 11,5 milhões de casos, sendo o país da América Latina com maior incidência da doença. O médico psiquiatra e psicogeriatra da Qualirede, João Paulo Martins, lembra que a síndrome depressiva e de ansiedade deve ser levada a sério e ressalta a importância do diálogo para identificação dos sintomas. "É fundamental que exista um canal de comunicação aberto e afetivo. Agir com preconceito pode impedir pessoas de procurar ajudar", destaca.

Sintomas
Os sintomas da depressão podem se manifestar de diferentes formas, sendo mais comum a ocorrência de mudanças no humor, perda de prazer, labilidade afetiva (choro fácil), diminuição de energia, fadiga intensa, aumento ou diminuição do sono e apetite. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar ideação suicida, automutilação e sintomas psicóticos. "O primeiro passo é, por meio de exames, checar se os sintomas são orgânicos, causados por disfunção hormonal ou deficiência de vitaminas. Descartada estas hipóteses, iniciamos o tratamento da doença", explica João Paulo.

Tratamento
As situações devem ser avaliadas individualmente. Uma análise clínica minuciosa é fundamental para traçar as melhores estratégias no tratamento da depressão. "Nos casos moderados e graves sempre será necessário o uso de medicação antidepressiva, podendo ser combinada com outras medicações para potencializar o tratamento. É imprescindível o acompanhamento com psicoterapia, devendo considerar outros profissionais como terapeuta ocupacional ou nutricionista", explica o especialista.

Apoio e acolhimento são fundamentais
O apoio de familiares e amigos é importante, tanto na identificação do quadro de depressão, quanto no tratamento da doença. Segundo o especialista, o acolhimento deve ser o mais humano possível, eximido de preconceitos. "É preciso entender que se trata de uma doença, assim como um infarto ou acidente vascular, e que precisa de atenção e cuidado. A ciência nos mostra que essa síndrome não é resultado de preguiça ou falta de trabalho e sim uma patologia que afeta o corpo de forma sistêmica", explica João Paulo.

Centro de Valorização da Vida
Criado há mais de 50 anos, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Cerca de 2.400 voluntários, em 19 Estados, estão disponíveis para atendimentos via e-mail, chat, telefone ou de forma presencial, em uma das 93 unidades espalhadas pelo país.
Ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br


Website: http://www.qualirede.com.br

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