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15/01/2019 12:46

Capital de giro é fundamental para as pequenas empresas


(DINO - 15 jan, 2019) -
O Brasil fecha mais empresas do que abre. É o que dizem os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): no ano de 2015 surgiram 708,6 mil novos negócios no mercado, enquanto 713,6 mil fecharam as portas.

Por mais que haja diversos motivos que contribuem para esse cenário pouco promissor, decisões que causam o desequilíbrio financeiro do fluxo de caixa do negócio estão entre os principais vilões. O Sebrae afirma também que metade dos principais motivos que levam negócios a falência estão relacionados com isso; ainda de acordo com a instituição, o período mais crítico são os dois primeiros anos de funcionamento.

Para quem está pensando em abrir um novo negócio em 2019 ou para evitar que um negócio recém-nascido vire estatística, é essencial que o empreendedor tome alguns cuidados, como contar com um capital de giro robusto, que seja o suficiente para sustentar as atividades do estabelecimento por algum tempo.

O que é o capital de giro?

No mundo dos negócios, o capital de giro é o resultado de uma conta relativamente simples: o passivo circulante subtraído do ativo circulante. Em outras palavras, trata-se do valor básico necessário para realizar as atividades do estabelecimento. Na prática, isso significa que, sem ele, o negócio simplesmente se vê impedido de operar.

Por que o capital de giro é importante?

É preciso gastar dinheiro para ganhar dinheiro. Essa frase, famosa nos meios empresariais, faz completo sentido: por mais que a finalidade de um negócio seja o lucro, é preciso que haja um investimento em um ponto localizado em um endereço estratégico, funcionários treinados, qualificados e motivados, matérias-primas de qualidade, entre outros. Do contrário, não haverá meios para que ele opere - pelo menos não com a qualidade que o público espera e exige.

O capital de giro é, justamente, o valor necessário para que isso seja possível (ou, em outros termos, para fazer todo o negócio girar, como o próprio nome diz), remunerando a equipe e pagando pelos produtos e serviços que forem necessários. Portanto, caso um negócio arrecade menos do que esse valor, isso significa que ele está gerando prejuízo. Logo, ele deve ser tratado como um investimento: é um valor aplicado com o objetivo de tornar a empresa lucrativa - ou seja, proporcionar algum tipo de retorno.

Contudo, é preciso ter cuidado: nenhuma empresa tem um fluxo de caixa positivo logo no início das suas operações. Este, inclusive, costuma ser o grande erro dos empreendedores, que pode levar o seu estabelecimento à falência: muitos creem que o negócio dará lucro logo de cara. Contudo, especialistas apontam que, nos três primeiros meses, é normal que o negócio opere no vermelho. Aliás, tem que ficar claro que fluxo de caixa não é o mesmo que lucro. É importante separar bem as coisas.

Como todo o cuidado é pouco, recomenda-se que o empresário tenha como capital de giro, uma reserva equivalente a pelo menos três meses das despesas fixas poupados no momento de abrir as portas. Assim, caso algum imprevisto aconteça, suas finanças não serão comprometidas, e o negócio terá mais chances de sobrevivência em caso de apuros financeiros.

Como obter capital de giro para o seu negócio?

Devido ao atual contexto de crise econômica do país, o empreendedorismo por necessidade tem superado o por oportunidade. Isso significa que muitas pessoas começam um negócio não por sonho e vocação, mas porque não têm outra maneira de obter seu sustento. Nesses casos, o capital de giro normalmente é obtido a partir das verbas rescisórias da ocupação anterior, como o saldo do FGTS e o seguro-desemprego.

Apesar disso, essa não é a única maneira de se angariar dinheiro para abrir o negócio com uma situação financeira mais confortável: é possível planejar para fazer aplicações e investimentos para juntar a verba necessária para o projeto. Esse é, inclusive o caminho recomendado: especialistas dizem que um negócio bem planejado é o melhor caminho para o sucesso.

Outra maneira de obter dinheiro de forma organizada e sem comprometer demasiadamente o fluxo de caixa da empresa é fazer um empréstimo para criar um capital de giro. A maioria dos bancos tem linhas especiais de crédito para empresas, algumas até com juros subsidiados, mas que não podem ser aplicadas a empresas em formação. Nessas situações, existem modelos  de empréstimo com melhores condições que podem ser tomados pelo empreendedor como o empréstimo com garantia de imóvel, o qual garante boas taxas de juros e prazo para quitação (a partir de 1,14% ao mês e até 240 meses para pagar) viabilizando o investimento na empresa.

Mesmo para empresas estabelecidas, é possível que os sócios obtenham dinheiro dessa maneira por meio de suas pessoas físicas, e o utilizem para injetar capital no estabelecimento. Contudo, é preciso ter muita organização e disciplina para honrar os pagamentos e não ter o nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Em casos que o capital a ser aportado na empresa não precise ser muito grande ou que a medida seja urgente, o empréstimo com garantia de veículo é uma alternativa mais fácil e dinâmica que o refinanciamento imobiliário, pois este tem sempre mais exigências e burocracia. Para isso, basta que o carro não esteja alienado. Neste modelo a taxa de juros é mais alta (a partir de 1,89 a.m.) e o prazo para pagamento é menor (até 60 meses) mas o prazo de liberação é muito mais dinâmico.

Além disso, também é possível obter um empréstimo por meio da própria pessoa jurídica, desde que a empresa atenda aos requisitos das instituições financeiras. Nesse caso, há a desvantagem de que não é possível usar a garantia para reduzir os juros da transação, fazendo com que, ao final, o crédito de uma mesma quantia saia mais caro. Ainda assim, com um bom planejamento é possível honrar os pagamentos e dar mais vigor para que o estabelecimento consiga se consolidar no mercado.



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