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20/10/2017 17:14

Arie Halpern: computadores começam a superar o raciocínio humano


(DINO - 20 out, 2017) - "As máquinas irão superar os homens?". Essa questão que mescla medo e curiosidade é recorrente desde que a tecnologia se inseriu efetivamente em nossas vidas. Em muitas atividades, é verdade, os computadores já nos superaram - é o caso da capacidade de memória e armazenamento de informação. Por outro lado, o homem ainda tem a vantagem da racionalidade, do poder de discussão, análise e argumentação. Mas até quando? Para Arie Halpern, os computadores começam a superar o raciocínio humano.

Nessa semana, o Google divulgou que o seu sistema de aprendizado de máquina chamado AutoML criou códigos mais eficientes que os desenvolvidos pelos próprios desenvolvedores da plataforma. Segundo a equipe da empresa, a necessidade da criação do programa é devido à falta de profissionais capacitados especializados em programação de inteligência artificial.

No lugar de superar os homens, as máquinas irão acabar trabalhando para se superarem. O Google DeepMind criou um programa capaz de ganhar dos melhores jogadores do mundo - inclusive máquinas - do Go (game criado pelo Google DeepMind, subsidiária da Alphabet). O mais impressionante é que a nova plataforma é autodidata. Ela foi desenvolvida para aprender a jogar do zero sem qualquer tipo de ajuda, para no fim, se tornar invencível.

Xeque-mate

O embate entre máquina e mente humana começou a virar quando os computadores passaram a vencer jogadores reais de xadrez. Em 1997, o Deep Blue, da IBM, se tornou o primeiro computador da história a derrotar um campeão mundial no tabuleiro. A vítima foi o russo Gary Kasparov. Os jogadores que enfrentavam máquinas passaram então a utilizar táticas estranhas à inteligência artificial. Essas novas estratégias, no entanto, foram incorporadas ao repertório dos robôs pelos programadores. O resultado dessa evolução está no ranking mundial chamado Sistema Elo. E enquanto o melhor jogador da atualidade, o sueco Magnus Carlsen, tem 2.850 pontos, o computador Komodo possui impressionantes 3.350 pontos.

Os primeiros passos

Tal como as crianças, os computadores começam a compreender informações a partir de dados coletados. Para alguns especialistas, a inteligência das máquinas vai se equipar à dos humanos até o ano de 2050. É o caso da professora da Universidade de Stanford, Fei-Fei Li, para quem os seres humanos aprendem por meio de experiências. "Ninguém diz para uma criança como enxergar", conta ela em entrevista à BBC. "Aos três anos de idade, ela teria centenas de milhões de fotos. Isso é um grande treinamento".

Tomando por base o método de aprendizagem das crianças, Fei-Fei Li quer criar olhos eletrônicos para robôs, a fim de que compreendam o que se passa ao redor.
Não é por isso, entretanto, que os robôs deverão dominar os humanos como retratado nos filmes de ficção. "O raciocínio das máquinas funciona de modo binário", explica Arie Halpern. "Esse método de pensamento pode ser uma qualidade no sentido de melhorar o debate humano". Desde questões como que mecanismo escolher para alavancar seu projeto ou como qual estratégia usar para acabar com o terrorismo, as máquinas podem apresentar uma série de evidências, registros históricos, entre outras informações que o ser humano não tem condições de condensar.


Website: http://www.ariehalpern.com.br/

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