Ribeirão Preto, SP--(
DINO - 19 jul, 2019) -
A epigenética, ciência que estuda a relação entre a vida dos antepassados e as experiências presentes e futuras das novas gerações, será o enfoque do 1º Congresso Internacional de Constelação Sistêmica que será realizado de
16 a 18 de agosto no Hotel Wyndhman, em Ribeirão Preto (SP). O evento, que está em sua terceira edição em âmbito nacional, terá a presença de 18 palestrantes, sendo três do exterior. Médico gastrocirurgião e psicoterapeuta corporal, Dr. Fernando Freitas, que também é fundador e presidente do Ibracs (Instituto Brasileiro de Consciência Sistêmica), será o responsável por falar sobre o ponto-chave do encontro.
"Hoje já é sabido que os emaranhamentos familiares de gerações anteriores agem nos descendentes. Assim as tragédias, conflitos e segredos familiares deixam marcas profundas que, se não forem solucionadas, passam para as próximas gerações", comenta o especialista, acrescentando que o congresso tem o objetivo principal de aperfeiçoar os conhecimentos dos profissionais de saúde (ou consteladores) e reforçar seu papel de tornarem as pessoas mais conscientes por meio de diagnósticos e terapias, curando não apenas elas mesmas, mas seus sistemas e suas futuras gerações.
Segundo o especialista, diferentemente do que muitos imaginam, a epigenética aponta que as pessoas não são seres isolados no universo, donas de seus destinos e executoras de escolhas baseadas nos próprios pensamentos, mas resultados de uma profunda conexão com o mundo ao redor. "O espermatozoide e o óvulo carregam o código genético e os mecanismos epigenéticos das experiências do indivíduo e de várias gerações anteriores.
Assim, as tragédias familiares continuam atuando enquanto não forem identificadas e tratadas. A mente pode não ter qualquer consciência dos fatos, mas o corpo está em contato direto com a história e as consequências. Por isso recebemos dos nossos pais e passamos para os nossos filhos", afirma Dr. Fernando Freitas.
Segundo ele, o período em que o feto passa no útero materno é outra etapa fundamental para o desenvolvimento do corpo e de suas funções. "As experiências que o embrião e o feto passam dentro do útero materno têm um grande poder de desenvolver mecanismos epigenéticos. Podem bloquear a herança epigenética recebida de seus pais e criar novas dinâmicas. O campo emocional da mãe, assim como seus pensamentos, sentimentos e atitudes afetam essa criança e determinam mecanismos que serão utilizados por toda a vida, e que também poderão passar para as futuras gerações. Portanto, um indivíduo pode se tornar um reprodutor de dinâmicas doentias do passado", enfatiza.
Ainda de acordo com Dr. Fernando Freitas, a infância também teria grande peso no processo de formação da consciência. "As principais experiências que a criança passa até os sete anos de idade afetam profundamente os mecanismos epigenéticos. É nesse período que a criança aprende a dar um significado a si mesma, aos relacionamentos familiares, aos referenciais de vida e a tomar decisões. Essa fase é extremamente importante para a preparação do indivíduo seguir para a vida e levar a família para o futuro", complementa.
A ideia da epigenética é, no fim das contas, alterar as dinâmicas mais antigas pelas mais atuais. "Quanto mais uma pessoa se torna adulta, a partir da identificação da realidade dos emaranhamentos familiares, dos conflitos maternos e dos traumas infantis, ela ganha o poder de alterar de forma positiva e saudável os mecanismos epigenéticos, transmitindo aos seus relacionamentos e também às próximas gerações", conclui.
Como se inscrever
As inscrições para o Congresso de Constelação Sistêmica podem ser feitas pelo site
www.congressoconstelacao.com.br ou diretamente no Ibracs, por meio do telefone (16) 3635-9663, do WhatsApp (16) 98117-1841 ou do e-mail congresso2019@fernandofreitascs.com.br. Os inscritos que participarem de todas as atividades do congresso terão direito a certificado de participação.
Website:
https://www.congressoconstelacao.com.br
