São Paulo--(
DINO - 27 fev, 2019) - A vida da criança é recheada de curiosidade e vontade de experimentar tudo o que vê.
No entanto, ao mesmo tempo em que há uma enorme vontade e conhecer o mundo, há um medo do desconhecido que, por sua vez, leva a criança a viver sentimentos simultaneamente conflitantes para uma mesma situação - 'quero e não quero' ou 'amo e odeio', desejos que são, ao mesmo tempo, intensos e fusionados.
Não é raro que os pais, principalmente aquele de primeira viagem, acovardem-se diante do sofrimento dos filhos frente a esta ambivalência afetiva, impedindo-os de vivenciarem este sentimento contraditório e antagônico. E isso se manifesta, por exemplo, com crianças que querem desistir da escola logo início.
Preocupados em proteger os filhos, os pais tiram-na da "situação problema" sem saber que, com isso, estão tirando dela a oportunidade de aprender, entre outras coisas, a vencer e a superar desafios, mostrando-se capaz de novas conquistas.
Um período de adaptação a qualquer situação nova é vital para a criança.
Os pais, sob nenhuma hipótese, devem ceder diante do choro da criança e dos pedidos para que seja retirada dessa situação que é nova para ela - as primeiras semanas e os primeiros meses de contato com a escola.
É importante observar, no entanto, que, até que estejam bem adaptadas com competência para superar medos e vencerem inseguranças as crianças precisarão ser sustentadas afetiva e emocionalmente pelos pais.
Hoje, decorrido pouco mais mês do início das atividades nos berçários e nas escolas de educação infantil, é esperado que a maioria das crianças tenha se deixado capturar pelas atividades, pelos novos amigos e pela rotina desses espaços.
E, finalmente, diante do sucesso das crianças os pais poderão certificar-se o quão competentes e o quão resistentes elas são.
*Maria G. Drummond Gruppi é coordenadora do Berçário Ponto Omega, pedagoga e especialista em Primeira Infância.
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