SÃO PAULO, 9 de março de 2020 /PRNewswire/ -- Uma alteração genital muito comum, que corresponde a ausência de um dos dois testículos na bolsa testicular (saco escrotal) é denominada Criptorquidia, ou testículos não descidos. É determinada quando um (unilateral) ou os dois testículos (bilateral), que são concebidos dentro do abdômen durante a via intrauterina (fase fetal) não conseguem atingir o seu caminho até a bolsa testicular. Ela pode atingir em até 45% dos meninos nascidos prematuramente e até 4 % das crianças nascidas a termo (é o parto que acontece entre a 39 semanas de gravidez e as 40 semanas e 6 dias).
Esta ocorrência pode resultar de diversos fatores ambientais ao longo da gestação e fatores genéticos. Não há relatos científicos que defina especialmente o que causa esta alteração.
O nascimento prematuro e o baixo peso ao nascimento para idade gestacional são relacionados a Criptorquidia.
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| a) | Congênito: não é diagnosticado um ou os dois testículos na bolsa testicular |
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| b) | Adquirido: quando, após o nascimento, previamente com os testículos adequadamente posicionados, um ou os dois testículos são diagnosticados como Criptorquídicos, não sendo identificados na bolsa escrotal. |
Através de um exame clínico, um exame físico simples, mas cuidadoso, este problema pode ser diagnosticado. Prioritariamente o exame é feito com a criança em pé e deitada, avaliando a posição, flexibilidade, tamanho do testículo e outras possíveis observações relacionadas, tais como hérnias (defeitos na parede abdominal), hidrocele (acúmulo de líquido envolvendo os testículos), tamanho do pênis e posição do meato uretral (orifício por onde sai a urina).
"Os testículos criptorquídicos podem ser tateáveis em cerca de 80% dos casos e usualmente se encontram ao longo do provável caminho entre o abdômen e a bolsa testicular. Já nos casos dos testículos que não são tateáveis (cerca de 20% dos casos), em 50-60% das vezes eles estão "escondidos" dentro da cavidade abdominal. Nesse caso é necessário processos mais complexos para diagnóstico e tratamento", destaca Dr.
Glauco Guedes ? urologista.
Tratamentos
Quanto ao tratamento, uma das opções de escolha é a cirurgia. Contudo há uma chance de descida espontânea do testículo para bolsa testicular. Havendo a necessidade de esperar em até 6 meses sob observação, sem nenhum tipo de tratamento.
A cirurgia tem como finalidade a melhora da função testicular, minimizar e ou facilitar o diagnóstico de tumores (câncer) testiculares, estimular benefícios cosméticos, e desviar complicações como hérnias e torções testiculares. A cirurgia deve ser realizada preferentemente dos 6 ao 12 meses de vida, em hipótese nenhuma após aos 18 meses de idade.
"A Criptorquia precisa de atenção e de cuidados especiais. Quando não resolvida, ela pode aumentar a incidência de câncer de testículos. Indivíduos com essa anormalidade possuem um risco 50 vezes maior de desenvolver câncer", fala o médico
Glauco Guedes ? urologista.
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FONTE Dr.
Glauco Guedes