PR Newswire Economia
15/02/2019 09:54

100ª Reunião do G100 Brasil


100ª Reunião do G100 Brasil

Especialistas alertam para necessidade de discutir impactos sociais negativos da revolução tecnológica

Automatização de processos manuais acarretando em desemprego e a necessidade de recolocação profissional são algumas das preocupações mais urgentes

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SÃO PAULO, 15 de fevereiro de 2019 /PRNewswire/ -- A evolução da tecnologia a passos largos traz também algumas preocupações, sobretudo do ponto de vista social. Segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), 30 milhões de empregos formais no Brasil serão substituídos por robôs até 2026, e os impactos dessa mudança precisam ser amplamente discutidos. Esse foi um dos pontos abordados na 100ª Reunião do G100 Brasil, grupo que reúne alguns dos principais empresários, presidentes e CEOs do país, realizada nesta quinta-feira, em São Paulo.

G100 Brasil
O Presidente da IPSOS Brasil - Pesquisas de Mercado e Consultoria - e especialista no assunto, Marcos Calliari acredita que o tema precisa, urgentemente, entrar na agenda do governo e das entidades públicas e privadas para que os impactos sejam minimizados. "É uma perspectiva preocupante, porque temos muitas vagas que são automatizadas e cortadas, e isso gera um aumento no nível de desemprego incrivelmente alarmante. É uma discussão que foi deixada de lado por conta do contexto do país nos últimos anos, porém, com a retomada econômica, é essencial que ela volte pra agenda, porque o risco social é altíssimo", alerta Calliari.

Segundo ele, a discussão passa por uma reflexão inevitável de como adaptar as práticas atuais de trabalho à nova realidade. "É preciso garantir que mudemos as práticas de trabalho tradicionais pra nos adaptarmos a essa nova realidade. Uma jornada de trabalho menor pode ser uma solução, porque dessa forma as pessoas conseguem manter atividades remuneradas. Em países com alta taxa de automatização, há um índice de horas trabalhadas muito menor", completa o Presidente da IPSOS Brasil, que recentemente lançou o estudo "Flair Brasil 2019: O Som e o Ruído", estudo que traz uma análise sobre o comportamento do brasileiro e um panorama para o futuro do país.

"As empresas também precisam preparar seus funcionários para essa transição, é uma de suas obrigações corporativas", conclui Calliari, que vê as empresas como incentivadoras dessa automatização por conta da produtividade, sem a percepção de um resguardo social com a perda de emprego.

Os próprios líderes, no entanto, precisam se adequar a essa nova realidade. Para Carlos Aldan, CEO do Grupo Kronberg, a velocidade com que a tecnologia evolui, sem precedentes na história, traz consequências em todos os escalões corporativos. "Hoje, existe um desconforto contemporâneo não só entre os trabalhadores, mas também entre os líderes. Há número significativo de pessoas que estão em posição de liderança e se tornarão irrelevantes por não conseguirem fazer a transição para a realidade atual. Muitos estão presos ao mindset e às ferramentas de gestão do capitalismo industrial e ficarão pelo caminho, isso é inevitável. É uma preocupação de ordem social global, não apenas no Brasil.", afirma o sociólogo. 

Marco histórico do G100 Brasil

A reunião desta quinta-feira foi uma das mais importantes da história do G100 Brasil, uma vez que o grupo realizou à sua 100ª reunião, se consolidando como um dos principais núcleos de estudos e discussão entre executivos, economistas, cientistas políticos e acadêmicos de todo o país.

"É um dia inesquecível para o G100 Brasil. Para nós, é motivo de muita honra chegar a essa marca com tanta vitalidade em nossas atividades, reunindo muitas das principais 'cabeças' do Brasil. Passamos por um momento de intensa transformação no país, e é cada vez mais importante colocar em pauta assuntos que impactam as empresas e seus colaboradores, que é o que procuramos fazer em cada reunião", declara Rodrigo Romero, fundador e presidente do G100 Brasil.

Sobre o G100 Brasil - Composto de 100 Membros Titulares (exclusivamente Empresários, Presidentes e CEOs), divididos nos setores de Indústria, Varejo, Serviços e Agronegócios, somando-se a 20 Membros (Economistas-Chefes, Cientistas-Políticos, Acadêmicos e Especialistas), efetivos e nomeados, congregando assim o alto intelecto necessário para o desenvolvimento destes trabalhos. Tendo por objetivo, através de reuniões fechadas e restritas aos Membros, o debate e o aprofundamento de temas atuais e de alto impacto, auxiliando na assertividade das estratégias planejadas e nas decisões corporativas, considerando o benchmarking e cooperação entre seus integrantes.

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FONTE G100 Brasil

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