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12/01/2020 14:08

O "alerta laranja" da osteoporose


O "alerta laranja" da osteoporose

Mata mais mulheres do que câncer, mas é fácil de prevenir. Então, por que não estamos levando a osteoporose a sério?

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SÃO PAULO, 12 de janeiro de 2020 /PRNewswire/ -- A osteoporose é um "assassino em série". Afeta uma em cada três mulheres na pós-menopausa e um em cada 12 homens após os 50 anos de idade. Sendo responsável pela morte de mulheres mais do que todos os cânceres ginecológicos juntos. Os ossos ficam progressivamente mais frágeis até se quebrarem e, quando isto acontece, geralmente acaba em cirurgia, com todos os seus riscos de complicação. Uma em cada seis mulheres levadas ao hospital com fratura no quadril não sobrevive, e nos homens esta estatística é ainda pior. Mas, por alguma razão, não estamos considerando isso um problema sério de saúde pública. Afinal, o número de idosos está aumentando exponencialmente no Brasil, e consequentemente, as doenças comuns a esta faixa etária. As estatísticas futuras são assustadoras.


Ao contrário do câncer, é mais fácil prever quem pode ter osteoporose. "Pelo menos 30% da causa da osteoporose é genética", diz o especialista Dr. Ayres Fernando Rodrigues, médico ortopedista, membro da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e da ABOOM (Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo), e desenvolvedor do site: www.ossosfracos.com.br.  "Qualquer mulher com mãe, avó ou tia que tenha fratura no quadril corre um risco muito maior. Também sabemos que as mulheres que não menstruam por longos períodos de tempo, por causa da anorexia,  porque amamentam por muito tempo ou entram em menopausa precoce, correm um maior risco de desenvolvê-la. Fumantes inveterados e mulheres com muito abaixo do peso também são mais propensas ".


As chances de entrar na pós-menopausa, quando se para de menstruar, e haver recebido informações sobre prevenção da osteoporose são muito raras nas mulheres, e praticamente nulas nos homens. Descobrir se você tem osteoporose também pode ser complicado. A realização da densitometria óssea, disponível apenas em algumas áreas, pode fornecer informações úteis.


Mas este exame é apenas uma parte do complexo mosaico da osteoporose. Algumas mulheres terão terríveis exames de densidade óssea, mas nunca fraturaram um osso ou sentem dor, enquanto outras têm exames de densidade óssea razoáveis e uma fratura após a outra. Sabemos que a presença da "primeira fratura" em pacientes com osteoporose, duplicam a chance de uma segunda ou mais  fraturas, a chamada "cascata fraturária". "Se você sabe que corre o risco de  ter osteoporose, devido ao seu histórico familiar ou porque possui dois ou mais dos outros fatores de risco (pós-menopausa, tabagista, histórico familiar, uso de cortióides, etc), deve tomar precauções contra a osteoporose, independentemente de poder ou não fazer um exame de densitometria óssea".


Então, como se proteger contra a doença no futuro? Os ossos precisam de cálcio e vitamina D para mantê-los fortes. Há muita ênfase na ingestão de alimentos ricos em cálcio, como leite, queijo e sardinha, para evitar a osteoporose. Mas a vitamina D, que vem de gorduras animais em nossa dieta, podendo-se melhorar sua absorção quando somos expostos à luz solar, pode ser o fator que falta para muitos de nós. Certamente este é um problema muito mais frequente nos países do hemisfério norte, onde os períodos de sol são mais raros e a exposição a luz solar mais difícil.


A recomendação é que mulheres com menos de 65 anos que tenham uma dieta bem equilibrada provavelmente estejam recebendo a quantidade certa de cálcio, ou seja, 1000-1500mg por dia. A menos que sua dieta seja muito baixa em cálcio, ou seja, menos de 400 mg por dia, é improvável que você se beneficie muito dos suplementos de cálcio. Após os 65 anos, tomar um suplemento de cálcio que inclua vitamina D é prudente, por melhor que seja a sua dieta. O exercício regular faz uma grande diferença; mantém os ossos fortes, e as pessoas na terceira idade, que continuam se exercitando, tem menos risco quedas, portanto, são menos propensas a fraturas.


Não existe um tratamento padrão para a osteoporose. A doença pode ser tratada realizando-se a TRH (terapia de reposição hormonal), indicada por ginecologistas para mulheres na faixa dos 50 anos que apresentam sintomas da menopausa e osteoporose precoce. Para mulheres que não podem ou não desejam realizar a TRH, mulheres mais velhas ou homens com osteoporose grave, podem ser prescritos medicamentos que auxiliam na deposição ou impedem a reabsorção de cálcio nos ossos. Hoje existem vários tipos a disposição, cada um com sua indicação, eficácia, posologia e preço. Devendo sempre ser prescrito por um médico especialista, que saberá necessidade do medicamento correto para cada caso.


A osteoporose continua sendo um problema de saúde pública preocupante, podendo nos afetar mais intensamente que o câncer. Infelizmente o câncer não pode ser prevenido a penas com passeios ao sol e exercícios físicos. "Devemos intensificar o combate e prevenção a osteoporose, pelo nosso futuro", conclui o Dr Ayres Fernando Rodrigues.


Dr. Ayres Fernando Rodrigues (CRM-SP: 98770)


Site: www.ossosfracos.com.br 
Rua: Arcipreste Andrade, 727 - Cj. 125
Ipiranga - 04268-020 - São Paulo ? SP
E-mail: contato@ayresfernando.com.br
Whatsapp: +55 11 96613-8192
Tel.: +55 11 3854-3069


FONTE Dr. Ayres Fernando Rodrigues

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